Saída de Djalma Melo desorganiza PSD e Edilázio toma “chá de espera” de Roberto Rocha

A saída do ex-prefeito de Arari, Djalma Melo, que até então era nome certo para a disputa de uma vaga ao Senado da República pelo Partido Social Democrata, resultou em danos e desorganização da legenda presidida pelo deputado federal, Edilázio Junior.

O parlamentar inclusive já revelou que não descarta formalizar uma aliança com outros partidos para que seja lançado um candidato único de oposição ao ex-governador Flávio Dino.

O nome favorito do PSD é do senador Roberto Rocha que ainda não definiu se disputará o Governo ou a reeleição ao Senado. Enquanto a decisão não vem, corre nos bastidores da política maranhense que o partido avalia o nome da vereadora Karla Sarney (PSD), que exerce o seu primeiro mandato na Câmara Municipal de São Luís.

Vale tudo? Lahesio Bonfim e Roberto Rocha agem como se nada tivesse acontecido e falam sobre formação de chapa

Em menos de uma semana, o senador Roberto Rocha (PTB) e o pré-candidato ao governo do Estado, Lahesio Bonfim (PSC), protagonizam uma das cenas mais bizarras da política maranhense.

Em uma articulação política apoiada pela deputada Mical Damasceno (PTB), Roberto Rocha tomou a presidência do Partido Trabalhista Brasileiro de Lahesio Bonfim, que já se manifestou várias vezes sobre o assunto e recentemente declarou que a polêmica entre os dois “são águas passadas”.

Ao perceber a sinalização positiva, Roberto Rocha aproveitou o clima favorável e afirmou que está disposto a dialogar com o ex-prefeito de São Pedro dos Crentes para uma possível formação de chapa.

“Se não estivermos juntos, nós poderemos estar dando a oportunidade de ter no segundo turno dois candidatos vermelhos, dois candidatos da esquerda. Isso cabe a nós fazer essa avaliação”, disse Roberto Rocha.

Que reboliço! Lahesio Bonfim diz estar disposto a fazer nova aliança com Roberto Rocha

Durante entrevista coletiva em São Luís, o pré-candidato ao governo do estado Lahesio Bonfim (PSC) surpreendeu os jornalistas ao declarar que aceitaria se aliar ao senador Roberto Rocha (PTB) como candidato à reeleição para o Senado Federal em sua chapa.

“Águas passadas, agora passou (…) Agora é hora de fazer política e se faz política somando e multiplicando, nunca subtraindo e dividindo. Então eu acho que o senador deve estar a pensar, com quem se juntar, por que é assim que a gente faz política”, disse Bonfim.

Na semana passada, Roberto Rocha tomou a liderança do PTB que estava com Lahesio Bonfim, que acabou se filiando ao PSC.

“Da minha parte, nós estamos de porta aberta se ele quiser vir compor para o Senado. O partido está de portas abertas”, concluiu.

Mais um deputado deixa o PTB após entrada de Roberto Rocha no partido

A filiação do senador Roberto Rocha ao PTB não foi vista com bons olhos por parte dos membros do partido. O incômodo tomou proporções maiores do que o esperado e o primeiro a abandonar o barco foi o Pastor Cavalcante.

Presidente da Convenção dos Ministros das Igrejas Evangélicas Assembleias de Deus do Seta no Sul do Maranhão e pré-candidato a deputado federal, Cavalcante não aceitou ser liderado por Roberto e aproveitou para se desfiliar do PTB.

Seguindo o mesmo ritmo de Cavalcante, o deputado federal Josival JP também abandou o partido e ambos pularam no barco do deputado federal Edilázio Junior, no PSD.

Roberto Rocha exclui publicação e acusa erro de sua assessoria sobre nomes que o apoiaram para tomar o PTB de Lahesio

O senador Roberto Rocha excluiu de suas redes sociais uma publicação em que afirmava que contou com apoio de Flávio Bolsonaro, Roberto Jefferson e a deputada Mical Damasceno para tomar o PTB do pré-candidato ao governo do Estado Lahesio Bonfim.

Burburinhos dos bastidores da política maranhense dão conta que a deputada Mical Damasceno não aprovou a publicação, motivo pelo qual Roberto Rocha voltou a se manifestar sobre o assunto e acusou a sua assessoria de comunicação de ter se equivocado.

“Por um equívoco da minha assessoria de comunicação, instada a dar uma resposta rápida a versões que não correspondem aos fatos, foi publicada uma nota, já excluída de minhas redes sociais, com algumas falhas de informações”, afirmou Roberto Rocha.

Lahesio Bonfim se mostrou surpreso com a articulação de Roberto Rocha, já que recentemente esteve com o senador em Brasília onde trocaram ideias e compartilharam dos mesmo sonhos e objetivos.

“Não esperava isso dele de forma alguma. Se ele precisava do PTB, não precisava fazer jogo de cena não”, disse Bonfim.

Apesar de ter falado que na política não há espaço para vitimização, Roberto Rocha garantiu que não tomou o partido de Lahesio e que o tempo definirá em que momento haverá uma nova aliança entre os dois.

 

O triste fim de Roberto Rocha

Filho de “casta” política, averso ao trabalho, mas muito apegado à emendas e ao patrimônio familiar herdado, o senador Roberto Rocha figurava como um coringa para a eleição do próximo ano com possibilidade de candidaturas ao Governo, Senado ou, numa situação mais confortável e com menos concorrência, a Deputado Federal.

Ontem, porém, o senador falador de redes sociais pegou em fio pelado nas suas próprias páginas onde sempre brincou à vontade nas críticas ao Governo Flávio Dino e, vez por outra, na defesa do governo Bolsonaro.

Provavelmente sem ter muita ocupação no momento, açodou-se na crítica a uma peça publicitária onde um influenciador digital adolescente foi usado numa propaganda do governo do Maranhão. A postagem do senador foi vista como transfobia contra Alex Brito, mais conhecido como “Bota Pó”, de 16 anos, que faz sucesso na internet com bordões, vídeos de humor envolvendo inclusive famosos.

“O governo do Maranhão, em vez de colocar como garoto propaganda um maranhense que tenha se destacado em alguma área, preferiu colocar um jovem homossexual assumido fazendo o papel de menina. Agora, analisando friamente, para que isso? Qual a necessidade disso? É apologia à homossexualidade ou não?”, escreveu Rocha.

“Lamentável essa situação na qual passamos. Nada contra a opção sexual de alguém. Agora querer obrigar a aceitação desta opção de alguns como regra e apologia a prática homossexual isso não dá para aceitar!!! Cartão vermelho para Flávio Dino”, completou.

Não demorou muito para uma campanha contra a postagem do senador viralizar na internet, especialmente no Twitter, e todos os sites nacionais pipocarem com textos adversos ao senador maranhense. No fim da tarde, o próprio senador excluiu a postagem, mas sem pedir desculpas.

Políticos das mais diversas matizes se manifestaram contra o senador e uma Denúncia de Fato já foi protocolada, transformando a terça-feira do senador maranhense num trágico dia que certamente marcará o começo do triste fim do político.

Flávio Dino alerta deputados e senadores que só pensam naquilo: emendas.

Abusando do seu arsenal de indiretas para mandar seus recados, o governador Flávio Dino (PSB) disparou mais uma na sua conta no Twitter: “Bloqueio de estradas; invasão do Ministério da Saúde por bolsonaristas; crise nos mercados. São sinais de que Bolsonaro perdeu qualquer condição de se manter no governo. E não adianta ficar pensando em ‘emendas‘ nessa hora, pois daqui a pouco nem isso vai andar”.

Além de deputados federais, o disparo tem outro endereço: o Senado. Pelo menos dois dos três senadores maranhenses fazem malabarismos para garantir a liberação de suas emendas, que não são poucas.

Aliados do senador Weverton Rocha (PDT) falam abertamente do volume de recursos que o senador teria para movimentar em prol da sua sonhada candidatura ao governo do estado. “O que o Weverton tem é muito maior do que o Brandão vai ter para movimentar quando ele for governador a partir de Abril”, esbravejou efusivo o deputado estadual Marcos Caldas ao editor do blog.

E, de fato, Weverton mantém relação estreita com o bolsonarismo através do seu compadre Willer Tomaz, advogado mais badalado dos bastidores do poder no cenário nacional (relembre aqui uma das) e com o próprio Flávio Bolsonaro, filho do presidente, cujas relações facilitam, de alguma forma, a liberação dessas emendas.

Já o senador Roberto Rocha (sem partido) é conhecido no meio por atuar de forma ainda mais agressiva na operação dessas emendas. Na ponta, quem recebe essas emendas chega a evitar “fechar negócio” com o parlamentar por conta do “modus cobrandi”.

Roberto Rocha é declaradamente bolsonarista, porém, sem o espaço sonhado com o presidente. Numa recente visita de Bolsonaro ao Maranhão, ele foi flagrado correndo atrás do carro que levava o “Mito”, no intuito de cumprimentá-lo. A cena causou inveja aos “malas” que “ferram” os políticos na porta das sedes dos poderes. Deprimente.

Senador Pinóquio? Weverton mente e desinforma sobre voto desfavorável à Zema, aprovada pela Câmara

Do Atual 7

O senador Weverton Rocha (PDT-MA) não votou a favor do projeto que facilita a criação da Zema, zona de processamento de exportação especial ou ampliada no Maranhão.

Em publicação nas redes sociais nesta quarta-feira (23), após o ATUAL7 mostrar que o pedetista evitou a votação do projeto de lei de conversão relatado pelo senador Roberto Rocha (PSDB-MA), único que tratava sobre a Zema, Weverton mentiu e desinformou a respeito do assunto.

Na publicação, o líder do PDT no Senado destacou trecho do painel eletrônico da Casa que mostra o voto contrário dele, Eliziane Gama (Cidadania-MA) e Roberto Rocha ao texto original da medida provisória do Poder Executivo que dispõe sobre o regime tributário, cambial e administrativo das Zonas de Processamento de Exportação.

Contudo, a MP aprovada pelo senadores por por 52 votos contra 23 não trata a respeito da Zema, e o projeto de lei de conversão relatado pelo senador Roberto Rocha, sequer chegou a ser votado, exatamente em razão da medida provisória ter sido priorizada, com apoio e voto de Weverton.

Ou seja: ao priorizar a medida provisória em vez do texto relatado pelo colega maranhense de bancada, Weverton Rocha votou desfavorável à Zema, e não o contrário, como ele mente e desinforma nas redes sociais ao tentar forçar uma análise enganosa e incoerente de que ao votar contra a MP, que não tratava sobre a Zema, ele estaria favorável ao projeto de lei de conversão.

Como o texto aprovado pela Câmara foi modificado pelo Senado, a medida provisória voltou para a Câmara dos Deputados, que no início da noite de hoje manteve seu texto, conforme o relatado pelo senador Roberto Rocha, que reformula a legislação sobre zonas de processamento de exportação, as ZPEs, e facilita a criação da Zema. A matéria será agora enviada à sanção presidencial.

Procurado pelo ATUAL7, Weverton insistiu na desinformação de que o voto contrário à medida provisória pode ser entendido como favorável ao projeto de lei de conversão que tratava sobre a criação da zona de processamento de exportação especial ou ampliada no Maranhão, que sequer foi votado pelo Senado justamente porque ele –o único dos três senadores na bancada do Maranhão na Casa– priorizou a votação da MP em detrimento do texto relatado pelo colega maranhense, como comprova a imagem da votação abaixo.

Eleições 2022: O jogo de Roberto Rocha

As possibilidades de Rocha: Governo, Senado e Câmara Federal.

Cada vez mais ligado a Jair Bolsonaro, o senador Roberto Rocha (ainda PSDB), movimenta suas peças do xadrez político vislumbrando 2022. Não esconde de ninguém sua intenção de disputar o governo do estado, sob a anuência do Presidente da República.

Com o outro Rocha, Weverton (PDT), Roberto já disputa o “quem dá mais” na distribuição de emendas parlamentares aos prefeitos. Além dos dois, quem também leva o pires cheio aos gestores municipais é o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL). Os três confiam o capital político na estratégia.

Entretanto, diferentemente dos dois, Roberto Rocha já foi testado e não aprovado em 2018, quando obteve míseros 2,05% dos votos, ficando atrás de Maura Jorge, que chegou a quase 8% dos votos.

Do partido do presidente à época, o PSL, Maura Jorge surfou o quanto pode na onda do fenômeno Bolsonaro. Em 2020, no entanto, quem disputar com a marca do Capitão, vai sim, faturar alguma coisa, mas diferentemente daquele momento, vai ter que lidar com o desgaste natural.

E Roberto Rocha sabe disso. Por isso, não descarta disputar sua reeleição ao Senado, mesmo sabendo das chances remotas por ter que enfrentar ninguém menos do que o governador Flávio Dino (PCdoB), porém, leva ainda mais a sério, concorrer a uma vaga na Câmara Federal.