Plano Diretor de São Luís será votado amanhã (01)

A Câmara Municipal de São Luís vai apreciar na sessão desta quarta-feira (1), o Plano Diretor da capital. Na matéria, há atualizações a respeito de políticas de habitação e mobilidade urbana e a instituição de critérios e limites para o crescimento do município.

No Plano Diretor constam os pontos prioritários a serem debatidos no legislativo municipal. Para chegar ao relatório final, o vereador Gutemberg Araújo (PSC), que é relator da proposta na Câmara, reuniu todas as contribuições recebidas da sociedade civil e população em geral, durante o mês de janeiro.

No período, vários debates aconteceram, de forma presencial, sendo ouvidos técnicos, especialistas e população, sobre os principais problemas da cidade e sua relação com o documento.

Aprovado em 2006, o atual Plano Diretor de São Luís tinha vigência até 2016. Por ser uma lei de aplicação em longo prazo, a própria norma urbanística prevê uma revisão intermediária para ajustes pontuais.

O plano tramita no Projeto de Lei nº 0174/2019, que trata da revisão desta legislação e se pauta em debates das mais de 40 assembleias que vêm sendo realizadas desde 2019.

Plano Diretor passa a ser analisado em caráter conclusivo pela Comissão da Câmara de São Luís

Em sessão extraordinária nesta terça-feira, 14, o presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PCdoB), convocou os parlamentares da Casa Legislativa para a discussão e atualização do Plano Diretor.

Na ocasião, a proposta foi lida pelo presidente da Casa e agora o documento passará a ser analisado em caráter conclusivo pelas comissões técnicas da Câmara.

Somente depois do parecer das comissões é que a matéria vai para apreciação em Plenário.

Tramitando no Legislativo na forma do Projeto de Lei nº 0174/2019, a revisão da norma urbanística é derivada das mais de 40 assembleias que vêm sendo discutidas desde 2019. O documento dispõe sobre políticas de habitação e mobilidade, estabelecendo critérios e limites para o crescimento da cidade.

O vereador Astro de Ogum, do PCdoB, destacou a medida anunciada por Paulo Victor.

“Estamos trabalhando para beneficiar todos os moradores de São Luís, mas reforçamos que, sem investimento, não há crescimento. Por exemplo, a zona rural. Nós vamos proteger a zona rural com todas as forças, mas, sem investimento, não vai ser possível”, disse.

Dezenove entidades tentam suspender a tramitação do Plano Diretor de São Luís

Dezenove entidades tentam suspender a tramitação do Plano Diretor de São Luís. Segundo o grupo, o projeto é “violento, ilegal, estruturado em fake news; desconsidera a ciência, as instituições democráticas, a participação social e exclui os vulneráveis.”

As entidades marcaram uma manifestação para esta terça-feira, 14, em frente a Câmara Municipal de São Luís, com o objetivo de fazer com que o texto do projeto seja remetido novamente à Prefeitura de São Luís, para que ajustes sejam feitos antes da votação conclusiva do texto na Casa Legislativa.

“Não tem nenhum compromisso social, destruindo ainda mais com o nosso já maltratado meio ambiente, o que resta de natureza. O projeto abre a possibilidade real do aumento da poluição, de doenças, falta de água, mais e mais inundações, calor, falta de mobilidade urbana, congestionamentos; liquida a zona rural, destrói dunas, acaba com o Sítio Santa Eulália, promove o caos”, diz um trecho da nota.

Câmara de São Luís tem debate sobre a proposta do Novo Plano Diretor

A proposta do novo Plano Diretor de São Luís deve ser debatido novamente na Câmara Municipal nesta terça-feira, 24, a partir das 14h, no Plenário Simão Estácio da Silveira.

A atividade será conduzida pelo presidente da Casa, vereador Paulo Victor (PCdoB), e pela Comissão de Recesso responsável pela análise da proposta.

O principal objetivo da discussão é dar início às discussões sobre a atualização da legislação urbanística.

O Plano Diretor de uma cidade é o principal instrumento da política urbana brasileira desde o regramento da Constituição Federal de 1988, que tem em seu Capítulo da Política Urbana, nos artigos 182 e 183. O plano foi regulamentado pelo Estatuto da Cidade, que é o principal marco legal de desenvolvimento dos municípios.