Lula pede voto para Boulos em evento pago pela Petrobras

O presidente Lula (PT) pediu votos para o pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (Psol), durante um evento realizado nesta quarta (1º), em comemoração ao Dia do Trabalho, na capital paulista.

O evento foi financiado pela Petrobras, e estima-se que tenha custado cerca de R$ 3 milhões. No ano anterior, a estatal já havia bancado a celebração do Dia do Trabalho.

Lula declarou seu apoio a Boulos, afirmando que quem votou nele deve votar também no pré-candidato do Psol. O evento, realizado na Arena Neo Química, estádio do Corinthians, reuniu líderes sindicais, políticos e representantes de movimentos sociais.

“Só queria dizer para vocês o seguinte: esse rapaz, esse jovem, ele está disputando uma verdadeira guerra aqui em São Paulo. Ele está disputando com o nosso adversário nacional, ele está disputando contra o nosso adversário estadual, ele está disputando contra o nosso adversário municipal. Está enfrentando 3 adversários. Ninguém derrotará esse moço aqui se vocês votarem no Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições. Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1996, em 2006, em 2010, em 2022, tem que votar no Boulos para prefeito de São Paulo”, declarou o presidente.

O discurso de Lula, que foi transmitido ao vivo, gerou reações entre os concorrentes políticos de Boulos. O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e o pré-candidato a prefeito Kim Kataguiri (União Brasil-SP) anunciaram que irão recorrer à Justiça contra a manifestação do presidente.

A fala de Lula durante o evento gerou debate sobre a conformidade com a legislação eleitoral. Advogados concordam que o uso de recursos de uma empresa estatal para um evento político pode configurar uma violação da lei.

Embora as punições possam variar, desde multas até a perda do registro da candidatura, é comum que tais casos resultem apenas em sanções financeiras.

Artemis I: Nasa volta à Lua com seu ‘mais poderoso foguete’

Depois de vários atrasos não planejados nos últimos meses, a Nasa deu início na madrugada desta quarta (16) ao primeiro passo do programa que promete retornar humanos à Lua.

O lançamento foi adiado novamente depois que técnicos da Nasa encontraram vazamentos de hidrogênio. A contagem regressiva ficou suspensa até que os ajustes fossem feitos.

Por enquanto, a Artemis I é uma missão não tripulada: nenhum ser-humano está a bordo do “mais poderoso foguete” construído pela agência espacial, o Space Launch System – SLS(em português, Sistema de Lançamento Espacial).

Mas se tudo ocorrer como planejado desta vez, a expectativa é que em 2025, esse mesmo megafoguete leve astronautas de volta ao solo lunar, incluindo a primeira mulher e a primeira pessoa negra.

O que é o programa Artemis?

É um programa de missões lunares liderado pela Nasa, a agência espacial norte-americana.

Seu nome deriva da deusa grega Artemis, irmã gêmea do deus Apolo, que deu o nome às missões originais de pouso na Lua, nos anos 1960.

O programa visa pousar “a primeira mulher e a primeira pessoa de cor na Lua” em meados desta década. Antes disso, a Nasa planeja duas missões de ensaio ao redor da Lua.

A primeira acontece agora e não é tripulada. A segunda deve acontecer em 2024 e aí sim será tripulada, embora não pousará no satélite natural.

No futuro mais distante, a Nasa planeja ainda não apenas explorar a superfície da Lua, mas também estabelecer a presença humana em sono lunar e construir uma estação espacial chamada Gateway.