A candidata a deputada federal pelo PSD, Juciane Marques, publicou uma “Carta aberta ao Partido Social Democrático – PSD”, manifestando-se sua insatisfação com a cúpula da legenda por não ter recebido os valores que teria direito pelo fundo partidário.
O posicionamento do partido viola e afronta o estabelecimento de cotas de gênero conforme o Art. 10ª §3º da lei 9.504/97 – Lei das Eleições.
Juciane que se diz representante dos mototaxistas e moto fretes no Maranhão, alega que o PSD está inviabilizando sua campanha, sendo “desprezada pelo partido em detrimento de outras mulheres que tem recebido a quantia de mais de R$ 200.000,00 mil reais para as suas respectivas campanhas.”
Ainda segundo a denunciante, o presidente do PSD, Edilázio Junior, tem cedido (os recursos apenas para aqueles mais próximos a ele e isso é inconcebível, pois viola a isonomia do pleito e a lei das eleições e estatuto do partido no art. 8º, “b”.)
A candidata ainda informou que caso as verbas não sejam liberadas em no máximo 48 horas a candidata acionará, por meio de sua assessoria jurídica, o Ministério Público Eleitoral (MPE).
Sob relatoria do fisiológico deputado federal maranhense Juscelino Filho (DEM), os seus colegas maranhenses acompanharam em peso a votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), que incluiu, malandramente, o chamado “golpe do fundão” de R$ 5,7 bilhões, um novo cálculo para o fundo eleitoral, cujos recursos serão usados para pagar santinhos de políticos e vídeos ‘engraçados’ na internet, entre outras coisas, na campanha eleitoral de 2022.
Os poucos deputados que se manifestaram contra consideraram uma malandragem vergonhosa o fato de não ter sido destacada a proposta do deputado Juscelino Filho, de aumentar o fundo, e, ao contrário disso, aprovaram o “golpe” numa votação simbólica, haja vista que nesse artifício regimental, os nomes dos contrários e favoráveis não aparecem no painel de votação.
O que se pode presumir é que quem votou na LDO, votou no “golpe do fundão”.
O aumento das verbas públicas para financiar campanhas políticas — de R$ 2 bilhões para cerca de R$ 5,7 bilhões — foi planejado e acordado previamente com a maioria das lideranças partidárias na Câmara e no Senado.
Isso, sem falar que a votação aconteceu no famosinho toque de caixa. O relatório só foi apresentado na noite de quarta-feira, perto da meia-noite. Na manhã do dia seguinte, véspera do início do recesso de deputados e senadores, o texto recebeu o aval da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e, em seguida, foi levado para a apreciação em sessão do Congresso.
Em suas redes sociais, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), reagiu à malandragem dos congressistas ao arrolar uma proposta tão cara para a sociedade numa mera votação simbólica. “A questão envolvendo o aumento do fundão seria votada logo após, por meio de um destaque específico. No entanto, por decisão do presidente da Câmara [Arthur Lira] acabou sendo, vergonhosamente, simbólica”, vociferou.
Como votaram os maranhenses na Câmara e Senado:
Deputados Federais:
• Aluisio Mendes (PSC-MA) – SIM • André Fufuca (PP-MA) – SIM • Cléber Verde (Republicanos-MA) – SIM • Dr. Gonçalo (Republicanos-MA) – SIM • Edilázio Júnior (PSD-MA) – SIM • Gastão Vieira (PROS-MA) – SIM • Gil Cutrim (Republicanos-MA) – SIM • Hildo Rocha (MDB-MA) – SIM • Juscelino Filho (DEM-MA) – SIM • Marreca Filho (Patriota-MA) – SIM • Pastor Gil (PL-MA) – SIM • Pedro Lucas Fernandes (PTB-MA) – SIM
• Josivaldo JP (Podemos-MA) – NÃO • Bira do Pindaré (PSB-MA) – NÃO • Zé Carlos (PT-MA) – NÃO
• João Marcelo Souza (MDB-MA) – SEM VOTO • Josimar Maranhãozinho (PL-MA) – SEM VOTO • Júnior Lourenço (PL-MA) – SEM VOTO