expulsão

O deputado federal maranhense Junior Lourenço será expulso do PL. Em conversas reservadas, Valdemar da Costa Neto, chefe da sigla, disse “lamentar” que tenha de fazer isso com um parlamentar de quem gosta e que está há seis anos no partido.

Contudo, o dirigente não viu outra alternativa após Lourenço votar para livrar André Janones (Avante) do processo de rachadinha no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Baseada em uma reportagem da coluna que revelou áudios comprometedores de Janones, a denúncia foi protocolada pelo PL.

Mas ir contra o PL no Conselho de Ética não é o único fator que levou Valdemar a decidir pela punição máxima a Lourenço. Sob reserva, dirigentes da sigla apontam que o deputado teria adotado “postura hostil” a Bolsonaro, “sabotando” orientações do ex-presidente repassadas à bancada do partido.

Lourenço chegou, inclusive, a posar sorrindo para fotos ao lado de Alexandre Padilha, ministro do PT que disse que já chamou Bolsonaro de “fugitivo confesso”. E, contemplado com emendas milionárias do governo, o deputado votou 70% das vezes de acordo com os interesses de Lula.

Ao lado do conterrâneo Josimar Maranhãozinho, Lourenço é um dos parlamentares do PL que mais receberam emendas individuais do governo.

Lideranças do Partido Liberal (PL) exigem a expulsão do deputado maranhense Júnior Lourenço após sua atitude considerada “imperdoável” na votação do Conselho de Ética que decidiu pelo arquivamento da denúncia de “rachadinha” contra o deputado André Janones (Avante-MG).

A Comissão de Ética do PL deve deliberar sobre a expulsão do parlamentar já na próxima semana. Júnior Lourenço foi o único deputado do PL presente na sessão a votar pelo arquivamento da ação contra Janones, em contraste com seus colegas de partido Alexandre Ramagem (PL-RJ), Domingos Sávio (PL-MG), Marcos Pollon (PL-MS) e o Cabo Gilberto Silva (PL).

Além deste episódio, o mandato de Júnior Lourenço na Câmara Federal tem sido marcado por suas ausências. Ele está entre os deputados mais faltosos, o que aumenta a insatisfação das lideranças do PL com seu desempenho parlamentar.

A decisão final sobre sua permanência no partido dependerá da análise e votação da Comissão de Ética, mas o clima dentro do PL já indica um forte desejo por sua expulsão.