Investigação sobre dinheiro no porta-malas de carro em São Luís esfria

A investigação sobre os mais de R$ 1 milhão encontrados no porta-malas de um carro Clio, abandonado no bairro Renascença, em São Luís, parece ter perdido força. Apesar de especulações iniciais e o apelido “Clio do Milhão”, as autoridades ainda não esclareceram a origem e a destinação do dinheiro.

Fontes revelaram que o Banco Central já teria confirmado que a quantia de R$ 2 milhões foi sacada de uma agência bancária da Avenida dos Holandeses, mas a conexão com o dinheiro encontrado permanece obscura.

Ao longo das investigações, pessoas ligadas ao prefeito Eduardo Braide, incluindo seu irmão Antônio Carlos Salim Braide, foram citadas, mas nenhum avanço significativo foi divulgado. A principal pergunta – a quem pertence o dinheiro? – ainda permanece sem resposta.

A população continua aguardando um posicionamento da Superintendência Estadual de Investigação Criminal (Seic), responsável pelo caso, e teme que o interesse das autoridades esteja se dissipando.

CLIO DE MILHÕES: De como a mãe falecida de Braide foi parar em uma trama policial envolvendo possível caso de corrupção

Parece até mentira, mas não é. Também lembra a morte folclórica de PC Farias, em uma praia de Alagoas, em que seus conterrâneos contam que ele “se matou” e depois matou sua esposa.

A maior dúvida não é como mais de um milhão de reais foi parar dentro de um Clio. Isso, no país da corrupção, é fácil de explicar.

Difícil é dizer como um Honda Fit, usado para regatar o motorista do Clio, está no nome de uma pessoa já falecida: a mãe do prefeito Eduardo Braide e do deputado estadual Fernando Braide.

E as pessoas envolvidas no abandono do carro estavam lotadas (contratados) em uma secretaria da prefeitura de São Luís e no gabinete do deputado Fernando Braide.

Espera-se que o envolvimento da mãe de Braide nesse episódio seja apenas uma triste coincidência. Caso contrário, a pecha de que falta humanidade vai se confirmar.