Ratos voltam a roer as conquistas libertárias da democracia

O ex-presidente Lula voltou a afirmar sobre a necessidade de regulamentar redes sociais no brasil, ao criticar o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro (sem partido). 

Para Lula, é preciso regulamentar as redes sociais, regular a internet e colocar um parâmetro para o uso. Ele disse que uma coisa é utilizar os meios de comunicação para informar, educar e outra coisa é para fazer maldade e contar mentiras e causar prejuízo à sociedade!

Çei…

Essa declaração é nada mais nada menos do que uma revelação da obsessão típica dos ditos republicanos e democratas por controlar a imprensa e, agora, as redes sociais.

Ao elencar os modos como se busca tolher a imprensa [redes sociais], o pensador francês Alexis de Tocqueville, ainda no século XIX, no trecho da obra “A democracia na América” sustenta que na ânsia por combater os excessos, põe-se em risco toda a liberdade de expressão. Não há meios para combater o que o autor chama de exageros da liberdade de imprensa que não sejam mais danosos à sociedade do que esses próprios exageros. E o exagero, naturalmente, varia de acordo com os olhos de quem o avalia.

“Quando se concede a cada um o direito de governar a sociedade, é necessário reconhecer também a sua capacidade de escolher entre as diferentes opiniões que agitam seus contemporâneos e de apreciar os diferentes fatos cujo conhecimento pode guiá-los. A soberania de um povo e a liberdade de imprensa são, pois, duas coisas inteiramente correlatas”.

Que fique o alerta para esses roedores serviçais de regimes autoritários!

[Relembre aqui uma dessas tentativas de cercear a liberdade de imprensa. O alvo agora, também, são as redes sociais]

Blogueiro é impedido de fazer cobertura na reabertura dos trabalhos da Câmara de Ribamar

A Câmara Municipal de São José de Ribamar continua censurando profissionais da imprensa que atuam naquela poder.

O antológico Clóvis Galvão foi o primeiro a ser barrado. Impedido de acessar às dependências da Câmara, o comunicador acabou pegando muita chuva (relembre aqui).

Desta vez, a vítima foi o blogueiro Tássio Vinícius, impedido de fazer a cobertura dos trabalhos do legislativo no primeiro dia de sessão, ocorrida ontem (02-02).

De acordo com o que informou Tássio ao blog, ao tentar fazer seu trabalho na manhã de ontem, foi comunicado pelo segurança que não poderia entrar para evitar aglomeração haja a vista a pandemia do Novo Coronavírus, apesar de a primeira sessão ter sido marcada exatamente pela aglomeração absurda.

Nem o seu principal aliado, o vereador Jordão Reis (PTB), solidarizou-se com o profissional que tanto o ajudou durante a campanha.

Fica aqui a solidariedade do blog a Vinícius e o repúdio à injustiça contra o profissional ribamarense, impedido de desempenhar suas funções.

Vereadores e imprensa enfrentam dificuldade de atuação na Câmara de Ribamar

A nova condução da Câmara Municipal de São José de Ribamar começa a provocar um sentimento de saudade do seu ex-comandante, principalmente entre os vereadores da legislatura passada, em que pese aquela esculhambação toda, incluindo lugar destacado da Casa no noticiário policial.

O incômodo dos parlamentares, tanto antigos como novos, nem é tanto com a presidente Francimar Jacintho, mais conhecida como “Princesa do Mocotó”. O problema maior mesmo tem outro nome: o primeiro-damo.

Conta a boca miúda que foi dele a decisão de proibir o acesso de profissionais da imprensa local nas dependências da Casa, fora dos horários de sessão. Ou seja, como as sessões só voltarão a acontecer em fevereiro, os profissionais foram impedidos de ter acesso à sede daquele poder nesse período.

A exemplo de todas as casas legislativas, a Câmara de São José de Ribamar serve como base de apoio aos profissionais para colher informações sobre o desempenho dos vereadores e até das ações do Executivo haja vista que os parlamentares têm acesso direto ao prefeito e aos secretários.

Amigo do Povão: Clovis Galvão foi tratado como inimigo da Mesa Diretora da Câmara.

O apresentador de programa de TV, Clóvis Galvão, foi um dos profissionais impedidos de ter acesso às dependências internas da Casa por pelo menos duas vezes neste mês.

Nas tentativas de entendimento entre vereadores e a presidente, os parlamentares já sabem que são duas conversas, uma com a presidente e outra entre ela e o primeiro-damo. “Não vamos aceitar essas interferências”, disse um vereador ao blog.

Além das limitações aos profissionais de imprensa, da complicação nos acertos entre vereadores e presidente sobre coisas triviais, os parlamentares se mostram incomodadíssimos com outra interferência: as nomeações de forasteiros na Casa.

Mas isso será assunto em outra pauta. Aguarde!

Censura? Ministro da Justiça quer ação contra jornalistas por suposta apologia a um suicídio de Bolsonaro

O jornalista Ricardo Noblat, colunista da revista Veja e responsável por um blog que leva seu nome, provocou um grande debate nas redes sociais neste domingo (10), ao fazer uma postagem no Twitter em que estimula a prática do suicídio ao sugerir que o presidente da República, Jair Bolsonaro, abreviar sua vida.

Ele tentou uma retratação dizendo que não deseja a morte de ninguém, e que apenas repercutiu um artigo sobre o assunto, no caso a crônica do também jornalista Ruy Castro, que sugeriu o suicídio do presidente norte-americano, Donald Trump.

“Se Trump optar pelo suicídio, Bolsonaro deveria imitá-lo. Mas para que esperar a derrota na eleição? Por que não fazer isso hoje, já, agora, neste momento? Para o bem do Brasil, nenhum  minuto sem Bolsonaro será cedo demais”, escreveu o jornalista.

Na postagem, ele faz uma linkagem para o artigo “Saída para Trump: matar-se”, de Ruy Castro, na Folha de São Paulo.

A repercussão foi imediata. A ministra da Mulher, Damares Alves, chegou a sugerir a suspensão da conta do jornalista, pelo Twitter, e o ministro da Justiça, André Mendonça, prometeu ação contra Noblat e Castro por iniciarem a morte de dois chefes de estado.

Ricardo Noblat, sem se desculpar, disse que apenas fez uma clipagem do artigo de Ruy Castro, cujo acesso é para assinantes da Folha. “Não desejo a morte de ninguém. Minha religião o impediria. Mas ao fazer, como faço aqui, um clipping diário da mídia, não posso nem devo ignorar o que me pareça que repercutirá, mais ainda quando publicado em um grande jornal. Seria uma forma odienta de autocensura”  comentou.

Depois de responder a vários questionamentos e aplausos pela sua pregação, Ricardo Noblat desejou, com ironia, vida longa ao presidente. “Por fim: vida longa ao presidente Jair Bolsonaro para que ele possa colher o que plantou”.

Inquérito

O ministro da Justiça fez três postagens sobre o caso e prometeu a abertura de inquérito contra Noblat. “Alguns jornalistas chegaram ao fundo do poço. Hoje 2 deles instigaram dois Presidentes da República a suicidar-se. Apenas pessoas insensíveis com a dor das famílias de pessoas que tiraram a própria vida podem fazer isso. (segue…)”, disse ele.

Numa segunda postagem, ele diz que “apenas pessoas irresponsáveis cometem esse crime contra chefes de Estado de duas grandes nações. Fazê-lo é um desrespeito à pessoa humana, à nação e ao povo de ambos os países”.

Por fim, o ministro anuncia que medida tomará: “Por isso, requisitarei a abertura de Inquérito Policial para apurar ambas as condutas. As penas de até 2 anos de prisão poderão ser duplicadas (§ 3º e 4º do art. 122 do Código Penal), sem prejuízo da incidência de outros crimes”.