Interventor da CBF, Fernando Sarney diz que não vai interferir em acordo com Ancelotti

Nomeado interventor da CBF por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro nesta quinta-feira (15), Fernando Sarney afirmou que convocará novas eleições “no menor prazo possível”.

Ele evitou falar em mudanças drásticas e disse que antes pretende entender melhor a situação da entidade.

Ao comentar o momento, Sarney afirmou que não pretende interferir diretamente na gestão do futebol ou em contratos, como o acordo com Carlo Ancelotti.

Esse ponto chegou a ser mencionado na ação judicial que apresentou contra Ednaldo Rodrigues, classificado por ele como uma “manobra diversionista” em meio à crise institucional da CBF.

“Não vou mexer com isso, não. O futebol segue a sua vida. Sou apenas transitório. Meu objetivo é, no menor espaço de tempo, fazer a eleição. Primeiro vou sentar a bunda na cadeira um ou dois dias, resolver isso e acabar com essas brigas na Justiça”, disse Fernando Sarney.

Cerca de 20 minutos antes de ser destituído do cargo por decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro, Ednaldo Rodrigues disse estar tranquilo diante das investigações. “Quem faz as coisas corretas não tem o que temer”, afirmou.

Com a saída de Ednaldo e a chegada de Sarney, a CBF entra em um novo processo de transição, em mais um capítulo turbulento da sua gestão administrativa e jurídica.

Gilmar Mendes mantém Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (7) o pedido de afastamento do presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues. A solicitação havia sido apresentada pela deputada federal Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), conhecida como Daniela do Waguinho, e por Fernando Sarney, vice-presidente da entidade.

Entre as alegações, os autores apontaram a suposta falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da CBF, no acordo homologado pelo STF que pôs fim à disputa judicial pela presidência da entidade. Segundo eles, Nunes estaria em estado de saúde debilitado desde 2023 e não teria condições mentais de assinar o documento de forma consciente.

Ao rejeitar o pedido, Gilmar Mendes argumentou que a decisão cautelar que anteriormente garantiu Ednaldo no cargo já teve seus efeitos esgotados e que não há base jurídica para reconsiderá-la. “Não há que se falar em reconsideração da decisão cautelar, uma vez que ela já esgotou os efeitos e não mais vigora, dada a insubsistência dos requisitos fáticos e jurídicos que outrora legitimaram o seu provimento”, afirmou o ministro.

Apesar de manter Ednaldo na presidência da CBF, Mendes determinou que a Justiça do Rio de Janeiro investigue a autenticidade da assinatura de Antônio Carlos Nunes, por entender que os documentos apresentados levantam “graves suspeitas de vícios de consentimento capazes de macular o negócio jurídico entabulado”.

Em fevereiro deste ano, o próprio ministro homologou o acordo firmado entre a CBF, dirigentes da entidade e a Federação Mineira de Futebol (FMF), que encerrou a batalha judicial em torno da eleição de Ednaldo Rodrigues. O acordo surgiu após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ter anulado, em dezembro de 2023, a eleição do dirigente com base em irregularidades no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado entre a CBF e o Ministério Público.

Com a decisão desta quarta, Ednaldo Rodrigues permanece na presidência da entidade máxima do futebol brasileiro, mas sob o impacto de novas suspeitas que agora serão apuradas pela Justiça estadual.

Após polêmica, CBF nega oficialmente camisa vermelha e encerra negociações com Ancelotti

Diante da forte repercussão negativa nas redes sociais, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) finalmente se pronunciou sobre a suposta camisa vermelha que a Seleção Brasileira utilizaria na Copa do Mundo de 2026. Em nota oficial, a entidade afirmou que as imagens divulgadas não são oficiais e esclareceu que a nova coleção de uniformes para o Mundial “ainda será definida” em conjunto com a Nike, fornecedora do material esportivo.

A CBF, no entanto, não descartou totalmente a possibilidade de um modelo alternativo com nova cor, o que gerou ainda mais dúvidas. Pelo estatuto da entidade, os uniformes oficiais devem manter as cores da bandeira nacional: verde, amarelo, azul e branco.

Ainda no campo das incertezas, outra novela envolvendo a Seleção Brasileira parece ter chegado ao fim. O técnico Carlo Ancelotti, atualmente no comando do Real Madrid, teria desistido do acordo previamente apalavrado com a CBF.

Segundo bastidores, após novo sinal negativo do italiano, a entidade deu por encerradas as negociações. Com isso, o nome do português Jorge Jesus — atualmente no Al-Hilal, da Arábia Saudita — volta a ganhar força como principal opção para assumir o comando técnico da Seleção.

Futebol brasileiro vai parar, revela presidente da CBF

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou nesta terça-feira, 14 de maio, que “vai acatar a decisão dos clubes” e o pedido do ministro dos Esportes, André Fufuca (PP), sobre a paralisação do Campeonato Brasileiro, mas deixou claro que vai alertá-los sobre os impactos dessa decisão no calendário e na economia do futebol.

Porém isso só deve acontecer depois do dia 27 de maio, quando vai ocorrer o Congresso Técnico dos clubes. A paralisação deve afetar todas as Séries A, B, C e D, além da Copa do Brasil.