Holandinha lidera índice de rejeição entre os quatro principais candidatos ao Governo do Maranhão

O candidato do PSD, Edivaldo Holanda Junior, foi quem teve a maior rejeição na pesquisa IPEC/TV Mirante de intenções de votos entre os quatro principais aspirantes ao Governo do Maranhão.

Em contrapartida, o governador Carlos Brandão (PSB) foi o único que teve o percentual de rejeição reduzido.

O quadro é o seguinte: Carlos Brandão tinha 18% de rejeição em agosto e agora tem 15% segundo a pesquisa Ipec/TV Mirante.

O senador Weverton Rocha tinha 16% em agosto e agora é rejeitado por 18%.

Lahesio Bonfim teve sua rejeição aumentada de 8% em agosto para 15% agora – mesmo assim é o que tem o menor percentual.

E Edivaldo Holanda Jr. (PSD), que tinha 17% em agosto, agora tem 20%, de acordo com o levantamento feito pelo Ipec.

Analistas políticos avaliam que o índice está ligado ao comportamento recente de Holandinha que tem atacado de forma insistente e sem embasamento o governador Carlos Brandão e o ex-governador Flávio Dino.

Quem tem medo de Weverton Rocha?

Ladeado pelo ex-juiz federal Carlos Madeira e pelo ex-secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, o senador Weverton Rocha iniciou a semana na Superintendência da Polícia Federal em São Luís.

Mas acalme-se, caro leitor, apesar dos inúmeros processos a que responde na Justiça, por improbidade administrativa, fraude em licitação, peculato, entre outros, não foi dessa vez que algum desses foi concluído e, como condenação, pintou alguma prisão.

Não, ainda não!

A ida do senador à superintendência da Polícia Federal foi mesmo para intimidar críticos de sua vergonhosa história na vida pública, na qual responde a processos desde os 18 anos de idade.

Ciente de uma pesquisa ilegal, via telefone e abordada por robôs, que prejudica seu principal adversário e sabedor que a ação seria denunciada aos órgãos competentes, tratou de se antecipar e, com esse staff, no mínimo ameaçador, foi à sede da PF com toda prepotência, arrogância e demagogia que lhes são peculiares.

Mas quem tem medo de Weverton Rocha?

Eleitoralmente: perdeu a eleição na capital maranhense em 2020; só ganhou a eleição da Famem no começo do ano seguinte por poucos votos e num contexto desfavorável ao então candidato que estava fora do circuito; só se elegeu uma vez deputado federal, depois de perder sua primeira disputa; só se elegeu senador graças à popularidade do governador Flávio Dino…

Politicamente: insiste numa pré-candidatura contra a vontade do principal responsável pela sua eleição de senador, o governador Flávio Dino; diz ter um grupo político que toda hora murcha, com nomes pulando do seu foguete sem ré; diz ter ideologia progressista e alega ter sido de apenas um partido, mas anda em Brasília em festas com os filhos do presidente Bolsonaro…

Financeiramente: tem postos de gasolina numa parceria com um sujeito que já foi preso pela PF, o presidente da Famem, Erlânio Xavier; controla um poderoso conglomerado de comunicação, incluindo TV’s, Rádios e Blogs, a maioria adquirido de forma suspeita, que, porém, não resiste a uma investigação séria e isenta…

Como disse o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), “um sujeito que entra na política e vira senador, se ficar milionário é o porque roubou”.

Não quero crer que seja este o caso, mas em sendo, quem tem medo de um sujeito desse?

Minguando, candidatura de Weverton só conta com Othelino e com o queimadíssimo Erlânio Xavier

Desesperado com sua candidatura virando pó e vendo seu foguete explodir, o senador Weverton Rocha (PDT), “Meu Preto”, como ele gosta de ser chamado, ou “Senador Costa Rodrigues”, como ele é mais conhecido, apelou para o apoio do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Podemos).

“Totalmente”, respondeu ele ao ser questionado se ainda espera o apoio do gestor da capital, claramente cobrando a “fatura” pelo apoiou dado a ele no segundo turno das eleições municipais de 2020, em detrimento da orientação do seu então líder político, Flávio Dino (PSB).

Apesar de consolidar a traição apenas no segundo turno, já no primeiro Rocha investiu numa candidatura que além de ser contrária ao grupo de Dino, remava contra os interesses da esquerda e do PT do ex-presidente Lula, que seguiu com o deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) na disputa.

Não totalmete feliz em apenas trair Flávio Dino, Weverton desdenhou do governador  e do vice, Carlos Brandão (ainda no PSDB), com um movimento conhecido como “deserte-se”, no qual vários traidores e insubordinados ao grupo do governador vestiram camisas com o tema e gritaram, na mídia, palavras de ordem, em mais um prenúncio claro de que não era digno de confiança.

Resultado: chegou 2022 e a história se repete ainda mais cedo.

Com o dedo queimado e negacionista da ciência e da tecnologia, o tal foguete, que não tem ré, por ignorância, começa a dar sinais de uma futura explosão em função da falta de apoio de políticos que se negam a seguir no equipamento vulnerável. De nomes de peso, apenas Othelino e o malfadado Erlanio Xavier, com histórico de prisão na Polícia Federal, seguem firme com o kamikaze.

Interesses de caciques do DEM e PSL levam cada vez mais Sérgio Moro para o União Brasil

Não é apenas Sergio Moro que precisa da União Brasil de Luciano Bivar para dar musculatura à sua campanha presidencial. Bivar também precisa do ex-juiz, de preferência eleito presidente da República, ou acabará sucumbindo ao nascente poder de ACM Neto, especialmente se o baiano do DEM for eleito governador.

A União Brasil, que será homologada na próxima terça-feira pelo TSE, deve eleger três governadores: ACM Neto na Bahia, Ronaldo Caiado em Goiás e Carlos Moisés em Santa Catarina.

À frente de um reduto importantíssimo para o PT no Nordeste e com canal de interlocução com Lula, será natural que ACM Neto vire um interlocutor privilegiado da Presidência petista e acabe tomando conta da legenda hoje presidida por Bivar. Seu objetivo, claro, é o Palácio do Planalto, em 2026.

Atraído por ACM Neto para essa fusão entre PSL e DEM, Bivar está quase arrependido e se vê preso numa armadilha. Teme perder o apoio interno de Rueda, o pupilo que cresceu e se tornou um dirigente pragmático — e dono do cofre bilionário da legenda.

Se Lula não é uma opção para Bivar, Jair Bolsonaro tampouco. O cacique do PSL tem ódio figadal do ex-aliado a quem cedeu o partido para a eleição de 2018. Os motivos são vários e não cabe aqui enumerá-los.

Importa apenas dizer que, neste caso, uma ainda que improvável reeleição de Bolsonaro agradaria Ronaldo Caiado, que assumiria então o protagonismo político na legenda, com acesso ao generoso orçamento federal, com ou sem emendas secretas.

(DO ANTAGONISTA)

Um resumo da sanha do ex-moleque do São Cristóvão para governar o Maranhão

A insistência do senador Weverton Rocha (PDT), mais conhecido como “Meu Preto” ou “Senador Costa Rodrigues” em ser candidato ao governo em 2022 começou de fato em 2018 quando, com a força política do governarnador Flávio Dino (PSB), saiu da rabeira das pesquisas da época, há um ano daquelas eleições, para o candidato ao Senado mais votado naquele pleito.

Logo que se elegeu, a primeira frase que os mais próximos ouviram de Meu Preto, já eleito, foi: “2022 é logo ali e quatro anos passam na velocidade de um foguete” [daí a fixação por foguetes ultrapassados que não dão ré].

E desde então começou uma campanha antecipadíssima já com vistas a 2022 gastando tubos de dinheiro em propaganda, arregimentado sistema de comunicação e sequitos de todas as matizes para alimentar o sonho de ser governador a qualquer custo.

A inclusão do governador Flávio Dino no cortejo das ilusões do ex-moleque do São Cristóvão [moleque no sentido de garoto esperto], que aprendeu desde cedo a forma maquiavélica de buscar seu lugar ao Sol, era uma das últimas etapas da estratagema.

Bem aí o projeto travou.

Líder natural do grupo ao qual pertence, Flávio Dino preferiu Carlos Brandão (PSDB), pela lealdade, ficha limpa e comprometimento com as políticas públicas ora em curso no Governo do Estado, ao malevolente ex-moleque do São Cristóvão.

Apesar de figurar na dianteira das pesquisas encomendadas quase semanalmente nos porões do Sistema Difusora, adquirido pelo seu Compadre Wiler Tomaz, a saga de Wevertron realmente encontrou um obstáculo intransponível e no próximo mês, não só ele, como seus séquitos, devem engatar a ré do foguete e voltar ao cortejo dinista.

Aguardemos!

Márcio Jerry avisa: Governo Dino investirá alto no último ano e irá forte para as eleições

Por Ribamar Corrêa

Os embates entre o senador Weverton Rocha (PDT) e o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) nas eleições municipais do ano passado, principalmente em São Luís, e na eleição para o comando da Famem, há duas semanas, causando tensões e fissuras na aliança governista, foram eventos naturais num cenário em que as forças políticas se preparam para disputar a sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB), mas ficaram para trás.

Agora que o governador trabalha para turbinar o último ano do seu Governo – que termina em Abril do ano que vem -, o clima é de brandura política, para suavizar o ambiente, com menos tensão e mais diálogo, mais entendimento. O foco é a centralidade do comando do governador Flávio Dino, que preferencialmente disputará vaga no Senado e conduzirá no seu campo o processo da sua sucessão. E quem ignorar isso estará cometendo um grave erro.

O cenário, que inclui também o aviso enfático, foi desenhado ontem pelo deputado federal licenciado Márcio Jerry, atual secretário de Cidades, presidente estadual do PCdoB e principal integrante do núcleo central do Governo estadual, em entrevista ao programa Ponto & Vírgula, na Difusora FM, comandado pelo blogueiro Leandro Miranda.

O secretário assinalou que, de acordo com o seu entendimento, ao contrário do que aconteceu em 2014 e 2018, a grande disputa de 2022 não comportará um debate sobre nomes, mas sobre conteúdo. “O desafio será como manter os avanços sociais alcançados nos sete anos e meio do Governo Flávio Dino, com um número muito maior de escolas e de professores”, exemplificou o secretário. Sobre esse contexto, Márcio Jerry disse que já conversou com Weverton Rocha e com Carlos Brandão, revelando que os dois estão alinhados a esse processo.

“Claro que sim. O Governo tem um gigantesco portfólio de obras em São Luís. O governador Flávio Dino não tem problemas de manter relações institucionais e republicanas com qualquer município. Só depende do prefeito”.

As declarações do secretário das Cidades revelaram que, independentemente da guerra contra o coronavírus, na qual o Governo do Maranhão tem sido referência para o País, o governador Flávio Dino vai dedicar os próximos 14 meses ao robustecimento das ações administrativas e às articulações políticas, tanto internamente quanto no âmbito nacional.

No front interno, cuidará de fortalecer a aliança que lidera, dando ênfase às articulações para a sua sucessão, de preferência alcançando um grande entendimento em torno de um candidato. Já no plano externo, insistirá até onde for possível na formação de uma grande frente reunindo a centro-direita, o centro, o centro esquerda e a esquerda em torno de projeto para derrotar o bolsonarismo nas urnas de 22.

Conhecedor profundo e tarimbado das entranhas políticas do Maranhão, principalmente no campo em que milita com a experiência de várias eleições como coordenador, incluindo as duas de Edivaldo Holanda Jr. (2012-2016) e duas do governador Flávio Dino (2014-2018), Márcio Jerry sabe exatamente o que deve ser feito para desenhar e viabilizar um projeto político-eleitoral num ambiente carregado de incertezas como o que começa a ganhar forma no Maranhão.

Ele assinala que, diferentemente de 2014 e 2018, quando a aliança se mobilizou pela eleição e pela reeleição do governador Flávio Dino, a guerra eleitoral que se aproxima será decisiva para o futuro do estado.

O principal desafio agora será encontrar o nome certo para comandar a aliança, vencer a eleição e avançar no processo de mudanças.

Ainda Famem: Em resposta a Gilberto Léda, a conta não bate de um jeito, mas bate de outro

No blog do Gilberto Léda, a seguinte postagem:

Apesar da derrota de Carlos Brandão (Republicanos) na eleição da Famem – ele apoiava a candidatura do prefeito de Caxias, Fábio Gentil (Republicanos) -, aliados do vice-governador conseguem enxergar pontos positivos no processo.

Nas eleições de 2020, o Republicanos elegeu 25 prefeitos. Mas Gentil obteve, ontem (14), 96 votos. Para o grupo mais ligado a Brandão, ele perdeu vencendo, porque garantiu mais 71 aliados no processo. Resta saber se a conta política, nesse caso, é tão matemática assim…

Meu comentário: Não Gilberto, de fato, a conta não é tão matemática assim. Tanto é que, pelas contas dos votos da eleição da Famem, você pode naturalmente carimbar que metade dos prefeitos ficou com o candidato do senador Weverton Rocha e a outra metade com o do governador Carlos Brandão.

Mas além dessa conta, tem outra que pode ser feita. Durante a interinidade, o governador em exercício, Carlos Brandão, recebeu 160 prefeitos, todos interessados em parceria com o Governo do Estado e, naturalmente, também propensos a uma futura parceria política. Muitos inclusive, eleitores do candidato de Rocha, Erlanio Xavier.

Em várias dessas conversas, os prefeitos deixaram claro que por conta da palavra empenhada, votariam na Chapa de Erlânio, mas que estavam abertos para uma futura parceria política.

Ou seja, a conta não bate de um jeito, mas bate de outro. Por isso, também, a leitura da vitória, mesmo não levando.

Carlos Brandão não venceu na Famem, mas ganhou musculatura para 2022

O resultado da eleição da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem), ontem (14-01), é um prato cheio para decifrar a ex-presidente da República, Dilma Rousseff, na sua célebre frase “Não acho que quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”

O senador Weverton Rocha, com o enrolado Erlanio Xavier (com histórico de prisão por desvio de recursos da educação), venceu o pleito, naturalmente. Não com aquela estrondosa votação de 165 prefeitos, propagada bravateiramente pelo presidente reeleito e aliados. Foram 112 votos (53,8%) contra 96 (46,2%) para o representante da chapa 2, Fábio Gentil, prefeito de Caxias.

E é exatamente nesses 96 votos que se revela o primeiro entendimento sobre o que quis dizer a ex-presidente Dilma Rousseff em seu enunciado clássico. Fábio Gentil, que começou fazer campanha apenas 10 dias antes do pleito, conseguiu praticamente empatar o jogo diante de um oponente na cadeira, com muita “tinta pra queimar”.  

O prefeito de Caxias enfrentou muito mais do que um mero prefeito de uma cidade pequena (Igarapé Grande). Enfrentou na verdade uma estrutura montada na imprensa e muito bem articulada com os próprios gestores municipais. Mesmo assim, deixou a impressão de que se a campanha se estendesse por mais três dias, viraria o jogo facilmente.

O segundo entendimento sobre “ganhar mesmo perdendo” é lido exatamente na participação efetiva dos dois principais patronos dos concorrentes: Weverton Rocha e Carlos Brandão. O primeiro, “de férias” e com modos operandi conhecido no submundo, trabalhou diuturnamente, ora em Barreirinhas, ora no Rio de Janeiro. Teve prefeito que foi alcançado via telefone pelo grupo de Gentil e, inadvertidamente, revelou sua localização: “Cidade Maravilhosa, com Weverton Rocha, com o senador das gordas emendas”.

Mas não foi só contra essa “caneta sem tinta e um leão sem dente”, como próprio Erlanio, deselegantemente arrotou, que Brandão lutou ou vem lutando desde a eleição de São Luís. Ele vem batalhando contra tudo e contra a própria imagem que ganhou, espécie de mero cumpridor de missões para a China, para ficar bem longe dos Leões.

Desde a eleição de São Luís, no entanto, o vice-governador passou a protagonizar na cena política do Maranhão, perdendo eleitoralmente até aqui, sim, mas consolidando um grupo e ganhando musculatura para 2022. Nisso, portanto, ganhando, mesmo sem levar.