Suspeitas sobre magistrados do Maranhão remontam a processo de 1987

A investigação que envolve desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão, acusados de suposta venda de sentenças, tem suas raízes em um processo de 1987, cujo valor foi arbitrado em 8,1 bilhões de cruzeiros, moeda vigente à época do governo Sarney.

A Operação 18 Minutos, deflagrada pela Polícia Federal, apura a liberação de R$ 14 milhões em apenas uma hora, uma celeridade incomum, em um caso que teria sido manipulado por uma organização criminosa para obter vantagens financeiras. A investigação aponta que o montante foi distribuído entre os envolvidos por meio de quase 200 depósitos fracionados.

De acordo com a decisão do ministro João Otávio de Noronha, do Superior Tribunal de Justiça, que autorizou as investigações, o esquema envolvia a manipulação de processos dentro do Tribunal de Justiça do Maranhão. Além dos R$ 14 milhões, outro caso investigado diz respeito a um alvará de R$ 4,8 milhões, também liberado com extrema rapidez.

A Polícia Federal está focada em desmantelar essa organização, que não apenas manipulava os julgamentos, mas também fazia uso de métodos típicos de lavagem de dinheiro, com saques e depósitos em espécie, muitas vezes realizados por bancários que atuavam como operadores do esquema.

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