O clima entre os desembargadores maranhenses é de grande constrangimento e expectativa após a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de afastar os magistrados Guerreiro Jr., Nelma Sarney, Marcelino Weverton e Luiz Gonzaga Filho de suas funções.
Além do afastamento, os desembargadores foram proibidos de frequentar o Palácio da Justiça, acessar seus gabinetes e manter contato com outros investigados. A situação se agravou com a imposição do uso de tornozeleiras eletrônicas, um fato inédito e chocante no Judiciário local.
Na última sexta-feira, o Palácio Clóvis Bevilácqua recebeu um ofício do STJ, concedendo cinco dias para que o Tribunal de Justiça e a Corregedoria Geral da Justiça informem sobre o cumprimento dessas medidas. A expectativa é de que as sanções sejam rigorosamente cumpridas, conforme indicado pela direção do TJ em nota oficial.
Entre os magistrados, há consenso de que os desembargadores afastados dificilmente retornarão ao plenário, sendo mais provável que sejam direcionados para a aposentadoria compulsória. A operação, que envolveu a retirada ilícita de milhões do Banco do Nordeste, ainda pode levar ao afastamento de outros juízes envolvidos.