A sessão que recebeu o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal Silvinei Vasques da CPI do 8 de janeiro foi interrompida após um bate-boca entre a relatora Eliziane Gama (PSD-MA) e parlamentares presentes. A senadora questionava o depoente por um processo administrativo interno da corporação quando parlamentares da oposição começaram a interromper.
— Estou lhe perguntando sobre ação de um fato específico em Goiás, que correu na Justiça Federal, onde o caso era agressão a um frentista que se recusou a lavar uma viatura do frentista. Isso ocorreu ou não, Seu Silvinei? — questionou inicialmente a relatora.
Silvinei negou ter sido condenado:
— Não tenho condenação penal nesse caso. O cidadão entrou contra a União por R$ 20 mil e ganhou. Eu não fui sequer chamado para depor— disse o ex-diretor da PRF que foi interrompido por Eliziane. “Estou fazendo uma pergunta pontual”, afirmou a relatora.
O deputado bolsonarista Delegado Éder Mauro (PL-PA), que não faz parte da comissão, interrompeu o questionamento e começou a gritar: “Ele já respondeu”. Eliziane continuou a insistir na pergunta:
— Estou pedindo que o depoente responda, que ele não enrole. Não vou aceitar que parlamentar nenhum tente cercear a minha voz. Deputado, vossa excelência, nem faz parte da comissão. Vai gritar em outra lugar. Respeite esta comissão, cale a sua boca. Não vou me submeter a esse tipo de agressão — disse Eliziane Gama.
“Cale a boca não”, seguiu Éder Mauro aos gritos.
Em seguida, o presidente da sessão Arthur Maia (União-BA) suspendeu a sessão sob o argumento de que não quer que o colegiado “vire balbúrdia”.
Ela é totalmente despreparada.
Na verdade, nem era pra ocupar a relatoria da CPMI.