O presidente eleito Lula (PT) desembarcou em Brasília na noite deste domingo (27) para cumprir uma agenda cheia de compromissos nesta semana. Entre os compromissos está a negociação para que o teto de gastos seja elevado em R$ 150 bilhões no ano que vem, além de mais R$ 25 bilhões fora do teto.
Para isso, a agenda de Lula prevê encontros com os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), além de líderes partidários. O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad viajou com Lula para Brasília.
Durante a campanha, Lula prometeu manter em R$ 600 o Auxílio Brasil (que voltará a se chamar Bolsa Família). O governo eleito argumenta ser necessário elevar as despesas com o programa no ano que vem uma vez que o Orçamento enviado pelo governo Jair Bolsonaro garante R$ 405.
A estratégia do governo eleito é aprovar a proposta de emenda à Constituição conhecida como PEC do Bolsa Família e aumentar o teto dos gastos públicos para 19% do Produto Interno Bruto. O entendimento é que é possível elevar as despesas uma vez que o governo Bolsonaro previu as despesas em 17,6% do PIB.
Além disso, para bancar na totalidade o Bolsa Família, Lula negociará mais R$ 25 bilhões. Com isso, avalia a equipe de transição, haverá recursos para recompor o Orçamento de 2023.
Para destravar as negociações e garantir a aprovação da PEC, o presidente eleito disse a interlocutores que pode anunciar nesta semana os primeiros nomes de sua equipe ministerial.
A expectativa é que ele anuncie primeiro os integrantes da área econômica para facilitar as negociações da PEC do Bolsa Família. Mas ele deve também anunciar nomes de ministros de aliados para mostrar que fará um governo de frente ampla.