A Interpol não incluiu os brasileiros envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, que fugiram para o exterior, em sua lista vermelha, apesar do pedido formal do Judiciário brasileiro. Segundo fontes internas da organização, consideradas anônimas em reportagem exclusiva da Revista Oeste, há dificuldades em atender à solicitação por entender que os crimes pelos quais essas pessoas foram processadas ou condenadas no Brasil têm natureza política, o que foge da competência da Interpol. Além disso, a modalidade dos processos também gera questionamentos internos.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) já havia acionado a Interpol em maio de 2024 contra os envolvidos que deixaram o Brasil, mas até o momento, nenhum dos nomes foi inserido na lista vermelha. Atualmente, a lista inclui 51 brasileiros procurados por crimes comuns, como homicídios e fraudes, mas não contém acusados pelos eventos de 8 de janeiro. Segundo a reportagem, aproximadamente 400 brasileiros envolvidos nesses atos estão exilados na Argentina, onde receberam proteção temporária com base em alegações de perseguição política.