Policial Civil é flagrado agredindo advogada na cidade de Pinheiro

A advogada e professora universitária, Betty Aroucha foi agredida, na noite de sexta-feira (21), por um policial civil, na cidade de Pinheiro, na Baixada Maranhense.

A advogada que dá aulas em uma universidade da cidade estava voltando de carona para São Luís, com o também advogado e professor universitário, José Mariano Muniz Neto, quando se envolveu em um acidente de trânsito, na zona urbana da cidade.

No relato das vítimas, no momento em que prestavam assistência a outra pessoa envolvida no acidente foram abordados pelo policial civil Redson Menezes. Descontrolado ele agrediu a advogada com tapas e empurrões. Moradores registraram as cenas da truculência policial em vídeo.

O caso foi registrado na delegacia de Pinheiro, na delegacia da Mulher, em São Luís e denunciado a OAB-MA que já está cobrando a apuração dos fatos por parte da Secretaria de Segurança Pública.

Nota de repúdio da OAB

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão e a OAB Subseção Pinheiro, por meio de suas Comissões de Assistência e Defesa das Prerrogativas do Advogado e da Mulher e da Advogada, vêm manifestar repúdio às agressões físicas, verbais e caluniosas proferidas pelo Policial Civil Redson Menezes Costa, contra a advogada Betty Maria Matos Aroucha – OAB/MA nº 6.246 e o advogado José Mariano Muniz Neto – OAB/MA nº 15.117, na noite de ontem (21/10), após acidente de trânsito ocorrido em uma avenida de Pinheiro/MA.

A OAB Maranhão considera inaceitável e inadmissível a violação da integridade física de todo e qualquer profissional da advocacia, das prerrogativas desses profissionais e da própria figura do advogado, que segundo o artigo 133 da Constituição Federal “é indispensável à administração da Justiça e inviolável no exercício da profissão, por seus atos e manifestações, nos limites da lei”.

O fato foi presenciado e registrado por dezenas de pessoas, que assustadas, testemunharam o despreparo, truculência e a violência praticadas pelo Policial Civil que não se intimidou em nenhum momento.

Ao tomar conhecimento dos fatos, a OAB Subseção Pinheiro, por meio da Comissão de Defesa das Prerrogativas e da Comissão da Mulher e da Advogada, acompanhou durante todo o dia o desenrolar das ações e encaminhou ofício a Policia Civil de Pinheiro solicitando o afastamento do Policial. Pedido este, que já foi atendido e o famigerado agente de segurança já se encontra afastado de suas funções.

Da mesma forma, e em respeito aos advogados agredidos e ofendidos o presidente da OAB Subseção Pinheiro, Ruterran Martins, determinou de ofício a imediata abertura do processo em favor de ato de desagravo público contra o Policial Civil.

A Polícia Civil, como órgão do Estado Democrático de Direito, subordinada aos valores fundamentais da Constituição Federal e da Constituição do Estado do Maranhão, precisa se posicionar claramente a serviço da cidadania e dos direitos e garantias individuais, e ser contra, tais violências e arbitrariedades, que não podem, sob nenhuma justificativa, encontrar abrigo em suas fileiras.

Considerando a gravidade dos fatos narrados, a OAB-Maranhão, entidade com assento constitucional, exige do Poder Público que sejam tomadas todas as providências necessárias para a apuração dos fatos e a punição dos responsáveis, tanto na esfera administrativa, como na esfera criminal.

Por fim, a OAB Maranhão e a OAB Subseção Pinheiro reiteram apoio total aos advogados agredidos e ofendidos e coloca-se à disposição por meio de sua Diretoria, Conselho Seccional, Coordenação do Núcleo de Prerrogativas e Presidentes de Comissões, para tomar todos os atos necessários à defesa das prerrogativas da Advogada.

Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Maranhão,
Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção Pinheiro,
Comissão de Assistência e Defesa das Prerrogativas dos Advogados
Comissão da Mulher e da Advogada.
São Luís(MA), 22 de outubro de 2022.

 

Presidente da OAB-MA comenta sobre a retomada do atendimento integral no TJMA

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Maranhão (OAB-MA), Kaio Saraiva, comentou sobre a reação da Associação dos Magistrados do Maranhão (AMA) que solicitou ao Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) a permanência de atendimentos presenciais das 08h até às 13h.

“Deve se destacar o trabalho do poder judiciário que conseguiu avançar nesse período, mas também por outros fatores e não apenas as questões voltadas ao tempo e a jornada de funcionamentos das unidades institucionais. (…) É importante destacar que a gente passa por um momento de fragilidade das instituições. É importante que o TJ fizesse mais esse compromisso com a sociedade, retomando as atividades em horário integral”, disse Caio Saraiva.

Durante a pandemia da Covid-19, o horário de tempo integral foi alterado das 08h às 18h para 08h até às 13h. O presidente da OAB-MA ressaltou que acredita que o TJMA e os magistrados vão entender a situação e garantir um atendimento melhor para a sociedade.

Juízes maranhenses alegam ao TJMA que trabalhar de 08h às 18h afetaria a qualidade de vida dos magistrados

Em resposta a uma solicitação da OAB-MA, em que requeria a adoção de horário normal de funcionamento do Poder Judiciário do Maranhão, e do atendimento ao público, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, a Associação dos Magistrados do Maranhão (AMMA) encaminhou um ofício ao presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Paulo Velten, para que ele não acatasse o pedido.

A Associação dos Magistrados do Maranhão alega que a proposta não é a solução mais adequada quando se trata de sustentabilidade, eficiência e racionalização do trabalho e destacou também que o aumento do consumo de energia demandaria um gasto exacerbado, principalmente no horário de pico, da 17h às 18h.

A AMMA ainda argumentou que a adoção do horário normal de trabalho afetaria a qualidade de vida dos servidores e magistrados.

Ao final, o presidente da Associação, juiz Holídice Barros, requereu a manutenção do horário das 8h às 13h.