STF determina quebra de sigilo bancário e fiscal de Jair Bolsonaro e Michelle 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), emitiu uma ordem determinando a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-presidente Jair Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

A decisão veio após declarações do advogado Cezar Bittencourt, encarregado da defesa de Mauro Cid, que foi ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Bittencourt revelou que seu cliente estava disposto a admitir ter vendido joias pertencentes à Presidência, a pedido de Bolsonaro. Além disso, Cid afirmará que transferiu o montante financeiro resultante da venda diretamente para o ex-presidente.

A situação de Cid é complexa, visto que ele encontra-se detido desde maio. Durante o mandato presidencial, ele ocupou uma posição de confiança significativa, atuando como um dos principais auxiliares de Bolsonaro.

As joias em questão foram presentes oferecidos a Bolsonaro durante o exercício de seu mandato. Contudo, de acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), presentes dessa natureza têm a obrigação de serem incorporados ao patrimônio da União, sendo vedada a sua venda como itens pessoais.

No mesmo dia, Moraes autorizou uma solicitação de cooperação internacional apresentada pela Polícia Federal (PF). A PF busca requisitar aos Estados Unidos a quebra do sigilo bancário das contas dos envolvidos no caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita e que se encontram na Flórida.