Continua repercutindo muito os escândalos que pipocam diariamente na Assembleia Legislativa do Maranhão, sob o comando do presidente da Casa, Othelino Neto (breve no PDT).
Fruto de um trabalho sério de investigação jornalística desse blog, em parceria com o site A Carta Política, tanto a postagem ainda no ano passado sob o título “Com R$ 12 milhões, Othelino Neto vai ajudar Willer Tomaz pagar compra do Sistema Difusora” como a desta semana “Acorda, MP! Assembleia Legislativa paga tubos de dinheiro público à TV de Othelino Neto em Pinheiro” seguem chocando a população, graças às publicações também de outros blogs Maranhão à dentro.
Estarrece ainda mais quando o governador Flávio Dino (PSB) anuncia a antecipação do pagamento dos servidores (veja print acima), em detrimento dos pagamentos absurdos ao sistema de comunicação controlado pelo senador Weverton Rocha e pelo próprio Othelino, em Pinheiro.
O blog abre espaço para uma dessas repercussões, uma postagem da jornalista Dalvana Mendes. Vale a pena a leitura:
Contrato de R$ 11,9 milhões da Assembleia Legislativa com a TV Difusora levanta suspeitas
Dinheiro público para pagar “aluguel de antena” estaria beneficiando emissora do próprio chefe do Legislativo em Pinheiro
Apesar da situação dramática que muitos maranhenses vivem por conta da Covid, com perda de empregos e aumento da fome que aumenta drasticamente, o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), vai na contramão da lógica com um contrato anual de R$ 11.968.400,00 firmado com o Sistema Difusora, que teria como um dos sócios, o senador Weverton Rocha (PDT). O custo mensal da proposta é de R$ 1,2 milhão, representando mais de 60% do faturamento total da emissora.
A empresa de radiodifusão contratada, por meio de Pregão Eletrônico, ficou responsável em retransmitir o sinal da TV Assembleia ocorreu para 39 municípios maranhenses, um processo de expansão do sinal da emissora para mais 27 cidades do interior do Estado, somando-se aos municípios da Região Metropolitana de São Luís.
De acordo com as informações, o objetivo era transmitir as sessões plenárias, por meio da emissora legislativa, para municípios com mais de 40 mil habitantes do interior do Maranhão. O problema, entretanto, é que o contrato de retransmissão estaria ferindo alguns dispositivos da legislação e pode colocar deputado e senador no radar do Ministério Público Federal (MPF).