Tecnologia testada em míssil na Coreia do Norte foi a mesma utilizada em lançamento de foguete em Alcântara

A tecnologia hiperônica usada no lançamento de um míssil na Coreia do Norte foi a mesma utilizada num teste no mês passado no CLA (Centro de Lançamento de Alcântara). O veículo foi um foguete sonda 14-X S, o primeiro demonstrador da tecnologia hipersônica aspirada do Brasil.

Por usar a tecnologia hipersônica num míssil, vários países rechaçaram o líder da Coreia do Norte, Kim Jung Un, que supervisionou pessoalmente o lançamento bem-sucedido do instrumento bélico.

O míssil atingiu um alvo, com precisão, a 1.000 km”, de acordo com o que informou a agência KCNA.”O teste confirmou ainda mais a excelente capacidade de manobra da unidade de combate hipersônico”, completou.

Como no Brasil o teste foi num foguete, com objetivos claros de beneficiar o desevolvimento da corrida espacial, o país acabou entrando no seleto time dos países detendores da tecnologia de motor hipersônico, no sentido exclusivamente postivo. O veículo lançado no CLA atingiu 160 km de altitude, chegando a 200 km de distância.

Relembre aqui

Em Alcântara, Marcos Pontes inclui Starship em vídeo, insinuando que o foguete pertence ao programa espacial brasileiro

Em visita a Alcântara, nesta quarta-feira (26), o astronauta e ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes, exibiu, no paredão de uma das plataformas do Centro de Lançamento, uma projeção de um vídeo do programa Espacial Brasileiro, contendo uma espécie de “gato no lugar de lebre”.

Entre as imagens apresentadas (veja no vídeo acima), a que chama mais atenção é uma do famoso pouso da Starship SN15, um protótipo da nave que pretende levar o homem à Marte, conforme ambições do bilionário e CEO da SpaceX, Elon Munsk.

O teste de voo e pouso da Starship SN15 aconteceu com sucesso absoluto no início de Maio em Boca Chica, no Texas. O retorno do foguete à base teve controle aerodinâmico perfeito, isso sem falar da manobra em altitude quando ele desceu lindamente de barriga, “ladeira à baixo”.

Em suma, um desses brinquedinhos do Munsk, de mais de 50 metros de comprimento, não decolaria nem em sonho do Centro Espacial de Alcântara (CEA), não só pela base em si, mas pela infraestrutura inviável de transporte até o local.

No entanto, o ministro não pensou duas vezes em incluir esse e outros aparelhos espaciais na sua apresentação.

Justiça seja feita, a chamada pública, coordenada por Pontes, que  culminou com a escolha de quatro empresas especializadas em veículos lançador de pequeno porte para a utilização do CEA, já é considerada a maior iniciativa dos últimos tempos para área espacial brasileira (relembre aqui), mas daí, tentar fantasiar “gato por lebre”, já é de mais.

Menos, ministro!