Mais de 1,1 bi de pessoas vivem em pobreza extrema, diz PNUD

Mais de 1,1 bilhão de pessoas, ou um em cada oito habitantes do planeta, vivem em pobreza extrema, sendo metade delas menores de idade.

Esse cenário foi destacado nesta quinta (17) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que também alertou que a pobreza é três vezes pior em zonas de conflito.

Segundo o Índice de Pobreza Multidimensional Global (IPM), criado pelo PNUD em conjunto com a Iniciativa de Oxford sobre Pobreza e Desenvolvimento Humano, a pobreza extrema atinge 34,8% da população em áreas de conflito, contra 10,9% em países em paz. 

Diferente do Banco Mundial, que define a pobreza extrema como viver com até US$ 2,15 por dia, o IPM considera fatores como habitação, saneamento, energia, combustível para cozinhar, nutrição e educação.

Yanchun Zhang, diretor de estatísticas do PNUD, destacou que dos 1,1 bilhão de pobres, 455 milhões vivem em zonas de conflito. “As privações enfrentadas em áreas de guerra são de três a cinco vezes mais severas, como em nutrição, água, saneamento e educação”, afirmou.

Em 2023, o mundo enfrentou mais conflitos do que em qualquer outro período desde a Segunda Guerra Mundial, lembrou o relatório, que avaliou 112 países.

A pobreza afeta 28% das áreas rurais, contra 6,6% das urbanas. Jovens menores de 18 anos são os mais atingidos (27,9%), e a maioria dos pobres vive na África Subsaariana e no Sudeste Asiático.

Entre os países mais afetados estão Índia (234 milhões de pobres), Paquistão (93 milhões), Etiópia (86 milhões), Nigéria (74 milhões) e República Democrática do Congo (66 milhões).

Na América Latina, 5,8% da população (34 milhões) enfrenta pobreza multidimensional, com destaque para o Haiti (41,3%) e a Guatemala (28,9%).

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