A exoneração do cantor Marco Duailibe da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) de São Luís, confirmada na noite de terça-feira (30), ocorre em meio ao primeiro grande escândalo envolvendo a gestão do prefeito Eduardo Braide (PSD).
Este evento, conhecido como “Caso Juju e Cacaia,” possui o potencial de ter efeitos catastróficos na corrida do gestor pela reeleição, principalmente em ano eleitoral.
O caso ganhou destaque no domingo, 28, quando veio à tona a denúncia de que a Secult havia contratado, por R$ 6,9 milhões, o Instituto Juju e Cacaia na Cidade Olímpica.
A repercussão do escândalo tornou-se avassaladora, gerando uma série de atos que complicaram ainda mais a situação, tornando-a de amplo conhecimento público.
Inicialmente, a Secult enfrentou dificuldades ao explicar a anulação do contrato, alegando uma recomendação da Controladoria Geral do Município (CGM) recebida na sexta-feira, 26, mas sem apresentar o parecer em questão.
A anulação efetiva do contrato foi justificada posteriormente com uma manifestação da Procuradoria-Geral do Município (PGM).
No decorrer desse processo, dois servidores foram exonerados pela Secult, ambos negando irregularidades, enquanto o Instituto Juju e Cacaia refutou qualquer ilícito na contratação.
Para piorar a situação, Eduardo Braide, visivelmente contrariado, mandou um recado sobre o assunto enquanto anunciava uma obra no Socorrão II: “Enquanto uns falam, eu trabalho.”
A situação delicada expõe a fragilidade política do prefeito e levanta questionamentos sobre seu futuro político em São Luís.