A recente decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de nomear o ex-deputado Gil Cutrim para uma nova diretoria na Codevasf está sendo alvo de críticas e levanta questionamentos sobre as motivações por trás dessa escolha.
O movimento, interpretado como uma estratégia para agradar ao Centrão e consolidar maior governabilidade, ganhou destaque ao ser inserido na Medida Provisória do reajuste salarial dos servidores, caracterizando-se pela inclusão de um “jabuti” legislativo. Essa prática, muitas vezes, é vista como uma manobra questionável que compromete a transparência e a integridade no cenário político.
Gil Cutrim, com uma trajetória política marcada por alianças e mudanças partidárias, deixa dúvidas sobre a consistência de suas convicções políticas. Eleito pelo PDT em 2018, posteriormente expulso por afinidades com Jair Bolsonaro e filiado ao Republicanos em 2021, sua postura de apoio ao presidente Bolsonaro após tentar a reeleição em 2022 e ficar como primeiro suplente, acrescenta um elemento de incerteza à sua atuação no cenário político.
A nomeação de Cutrim para a Codevasf, uma empresa estratégica devido à sua abrangência regional no Norte e Nordeste, levanta preocupações sobre a gestão eficiente e ética dos recursos públicos. Sua passagem como ex-prefeito de São José de Ribamar e ex-presidente da Federação dos Municípios do Maranhão traz à tona questionamentos sobre a eficácia de sua liderança.