A viagem de três dias do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua comitiva à China no mês de abril custou, pelo menos, R$ 5,5 milhões aos cofres públicos, conforme dados obtidos pela Jovem Pan via Lei de Acesso à Informação.
De acordo com a JP, o Itamaraty disse que os gastos com hospedagem ainda estão sendo negociados e podem impactar o valor final. Os custos com passagens e combustível das aeronaves oficiais, entretanto, não foram informados. Inicialmente, a despesa com estadia havia sido calculada em US$ 226,6 mil, mas com a remarcação, a Divisão de Pagamentos do Ministério das Relações Exteriores empenhou mais US$ 163,3 mil, totalizando US$ 389,9 mil, o que equivale a quase R$ 2 milhões.
Inclusive, é informado que mais de R$ 1 milhão foi empenhado só em diárias para as equipes que viajaram em março e abril, e também foram quitados R$ 950,8 mil em aluguel de veículos. Na lista de custos, é mencionado registro de pagamento no valor de R$ 651,1 mil para aluguel de salas de apoio durante visita à Xangai e outros R$ 206,6 mil para “aluguel e montagem das salas de escritórios de apoio”. Também foi informado que governo gastou R$ 402,4 mil para a contratação de intérpretes e R$ 16,8 mil para o aluguel de veículo e contratação de intérprete para a ministra Luciana Santos.
Entre outras despesas, segundo a JP, estão R$ 129,5 mil para arcar com serviço de catering para coquetel, R$ 79 mil para “reforço da parcela regular de manutenção para pagamento de serviços eventuais” e R$ 26 mil para a compra de equipamentos auriculares e sistema de áudio redundante durante a visita da comitiva em Xangai.
Durante a viagem, Lula esteve presente na posse da ex-presidente Dilma Rousseff no Novo Banco de Desenvolvimento, visitou a empresa Huawei, teve audiência com o secretário-geral do Partido Comunista em Xangai, Chen Jining, e foi recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping.