Outro ponto de vista do retorno de Paulo Victor à Câmara de São Luís

Nesta última semana, o vereador Paulo Victor (PCdoB) retornou à Câmara Municipal de São Luís. A sua volta ao legislativo teve três consequências óbvias.

Victor reassume a presidência da Casa; o vereador Francisco Chaguinhas (Podemos) deixa a presidência e reassume seu lugar de vice e o vereador Marcelo Poeta (PCdoB) volta para a suplência.

Outro ponto, com vistas às eleições municipais de São Luís, também pode ser destacado. É sobre a determinação do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), de não querer nenhum secretário como candidato nas eleições municipais em 2024.

Brandão já havia externado a sua determinação para um grupo de deputados. A informação que já corria nos corredores do Palácio dos Leões veio à tona com uma declaração do deputado federal Duarte Júnior (PSB) de responder ao fato de não ter aceitado ser secretário de Brandão.

“Uma das razões de eu não ter aceitado assumir uma secretaria é porque o Brandão estabeleceu uma condição: ‘Quem for meu secretário não será candidato a prefeito em 2024′”, disse Duarte, ainda em março, durante uma entrevista na televisão.

Viabilização em espaços de poder conquistados

Os pré-candidatos do grupo de Carlos Brandão vão poder viabilizar-se em espaços de poder já conquistados, fora do guarda-chuva do Governo do Estado. Paulo Victor (presidente da Câmara de São Luís), Carlos Lula (deputado estadual), Yglésio Moyses (deputado estadual), Neto Evangelista (deputado estadual), Duarte Júnior (deputado federal) são exemplos de políticos que hoje fazem parte do rol de aliados do governador que estão colocados como pré-candidatos, mas só tem os seus respectivos mandatos para uma consolidação fora e dentro do grupo ao qual pertencem.

A permanência de outros políticos e gestores no Governo do Maranhão confirmam a tese que Carlos Brandão quer fazer um governo sem remendos e com políticas públicas e ações continuadas, sem espaço para trampolim eleitoral.

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