Herdeiro de uma tradicional família da política alagoana, Arthur Lira venceu a eleição para a presidência da Câmara em 2021, com a promessa de um Legislativo independente.
Com a caneta nas mãos, no entanto, centralizou decisões e adotou um estilo rolo compressor para fazer passar pautas favoráveis ao Executivo, como a aprovação do orçamento secreto.
Renata Lo Prete, o editor executivo dos jornais “O Globo” e “Extra” e da revista “Época” atribui seu poder de Lira à influência que tem dos recursos públicos, com destaque ao orçamento secreto.
Ele ascende ao cargo, afirma, “pela mesma razão que ele se consolida”.
“O orçamento secreto é criado ainda no no na gestão do Rodrigo Maia. Mas quem define a manobra do orçamento secreto, quem gere o orçamento secreto – e essa é a forma que ele consegue se eleger é o Arthur Lira.
“Ele consegue pavimentar sua ascensão à presidência da Câmara e controlar a Câmara.”
Paulo avalia que a situação favorável de Lira sugere uma reeleição certa, na hipótese de um segundo governo Bolsonaro e uma ainda possível, diante da eventual volta de Lula.