Dirigentes de partidos políticos pediram nesta terça-feira (12) à Procuradoria Geral da República (PGR) que as investigações sobre o assassinato de um dirigente do PT em Foz do Iguaçu (PR) sejam repassadas a órgãos e autoridades federais.
Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto neste fim de semana após ter sido baleado durante a própria festa de aniversário. Os disparos foram feitos pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que se identifica nas redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro.
A federalização consiste em transferir as investigações da Justiça Estadual do Paraná para a Justiça Federal. Para ser concretizada, porém, a medida depende de um pedido a ser feito pela PGR ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Para apresentar o pedido, a PGR precisa entender que houve grave violação de direitos humanos; possibilidade de responsabilização internacional; e evidência de que os órgãos estaduais não mostram condições para prosseguir com o caso.
O caso seria um “crime de comoção nacional”;
O atirador teria entrado no local dizendo “Aqui é Bolsonaro”;
Teria havido uma tentativa de “neutralização da situação pelas autoridades responsáveis pelas investigações (tratando como se houvesse radicalismos de ambas as partes)”;
A primeira delegada designada para o caso teria “histórico de publicações ‘anti-petistas'”;
Haveria um “histórico de casos de violências políticas contra correntes políticas de esquerda no estado do Paraná sem solução pelos órgãos de segurança pública”.