Presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão utilizou escritório de um dos donos da Difusora para preparar defesa no STF

Um dos luxuosos escritórios de Thomaz que pode ter sido ocupado pelo presidente da Assembleia, Othelino Neto

No início do ano, uma ação provocada pelo PROS Nacional contestava a legitimidade da presidência do deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), que comanda a Casa desde 2018.

Othelino Neto teve que se ausentar diversas vezes do Maranhão para ocupar-se em Brasília e preparar a sua defesa. E essas reuniões, na preparação de sua defesa, tiveram como QG um dos vários luxuosos escritórios do advogado Willer Tomaz Souza, ex-advogado do grupo JBS.

O advogado, que tem livre trânsito nos tribunais superiores do Brasil também tem negócios no Maranhão no ramo da radiodifusão. Recentemente, ele adquiriu o Sistema Difusora de Comunicação por cerca de R$ 60 milhões, segundo fontes ouvidas pela A Carta Política – editada por Pedro de Almeida, e pelo blog Matias Marinho.

A relação de Willer Tomaz com Othelino Neto, no entanto, não termina somente nas consultorias ou gentilezas de oferecer o seu escritório como ambiente para preparar a sua defesa. Conforme adiantou A Carta Política e o blog do Matias Marinho, em recente reportagem, há uma relação comercial/de serviços entre a Assembleia Legislativa do Maranhão e a DIFUSORA COMUNICAÇÃO SA.

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), vai pagar quase R$ 1,2 milhão por mês para o Sistema Difusora. Em um ano, o contribuinte maranhense vai pagar R$ 11.968.800,00 para o advogado Willer Tomaz por meio de sua televisão. O objeto do contrato é a transmissão das sessões legislativas da Alema por meio sinal via satélite.

A relação comercial que veio à tona na reportagem produzida pelos dois veículos, é questionável pela relação de Willer Tomaz com outro político maranhense. Tomaz é compadre do senador da república, Weverton Rocha (PDT), que já foi apontado como arrendatário do Sistema Difusora antes da efetivação da compra de Tomaz. A necessidade de transmitir as sessões legislativas por meio de sinal via satélite só aconteceu depois do Sistema Difusora mudar de donos.

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