Presidente da Câmara de Ribamar pode perder o mandato

O Ministério Público, por meio de parecer da promotora Bianka Sekeff Sallem Rocha, manifestou-se pela desaprovação das contas eleitorais da Presidente da Câmara Municipal de São José de Ribamar, Jacimar Jacintho (na foto abaixo), mais conhecida como Princesa do Mocotó.

De acordo com o parecer da promotora, foram identificadas várias irregularidades e vícios que violam a “transparência e a lisura da prestação de contas, dificultando o efetivo controle por parte da Justiça Eleitoral sobre a licitude da movimentação dos recursos de campanha e, consequentemente, impedindo a fiscalização da real movimentação financeira do prestador de contas, impondo-se a respectiva desaprovação das contas apresentadas”.

Ainda no parecer, a promotora ressaltou que mesmo após o Ministério Público notificar a candidata, sobre as irregularidades, persistiram os problemas, a exemplo da ausência dos extratos bancários referentes as contas do Fundo Partidário e Fundo Especial de Financiamento de campanha continuaram.

Com o contundente parecer do Ministério Público e com os problemas não sanáveis, muito provavelmente a presidente da Câmara de São José de Ribamar corre sérios riscos de perder o mandato, para complicar ainda mais a complicada política local.

Outros casos

Mas a situação não se restringe à Francimar, outros vereadores do partido podem enfrentar o mesmo problema haja vista que o contador responsável pelas contas da presidente do legislativo ribamarense foi o mesmo dos demais candidatos.

Na eleição de 2016, todos os candidatos a vereador da coligação da época, com exceção de Camile Matos, tiveram suas contas reprovadas. A pessoa escolhida para coletar e encaminhar os documentos à Justiça Eleitoral era a própria Jacintho. Camile Matos escapou porque contratou outro contador para cuidar de suas próprias contas.

Alô, Ministério Público! Câmara de Ribamar realiza sessão secreta antes da reabertura oficial dos trabalhos

Pelo jeito, parece que o Ministério Público de São José de Ribamar não funciona mais.

Além de um suposto festival de nepotismo naquele poder, a presidente Francimar Jhacinto, mais conhecida como “Princesa do Mocotó”, realizou uma tal sessão secreta nas barbas do órgão fiscalizador.

Pior. Na dita sessão, convocada via WhtasApp, foram tomadas decisões cujos teores devem ter publicidade ampliada. Até Projeto de Lei foi aprovado às escondidas.

De fato, a Lei aprovada pelos novos vereadores, de nº 1.273/2021, revoga a lei 1.269/2020 que trata de um mimo absurdo do ex-prefeito derrotado para o ex-presidente daquele poder, também derrotado, Beto das Vilas, que autorizava o parcelamento e débito da dívida de quase R$ 3 milhões de parcelas vencidas do imposto de renda de 2015 a 2020.

Numa decisão justa, porém questionável, a dívida continuará em aberto e o legislativo deixará de pagar parcelas de aproximadamente R$ 50 mil por mês.

Vereadores e imprensa enfrentam dificuldade de atuação na Câmara de Ribamar

A nova condução da Câmara Municipal de São José de Ribamar começa a provocar um sentimento de saudade do seu ex-comandante, principalmente entre os vereadores da legislatura passada, em que pese aquela esculhambação toda, incluindo lugar destacado da Casa no noticiário policial.

O incômodo dos parlamentares, tanto antigos como novos, nem é tanto com a presidente Francimar Jacintho, mais conhecida como “Princesa do Mocotó”. O problema maior mesmo tem outro nome: o primeiro-damo.

Conta a boca miúda que foi dele a decisão de proibir o acesso de profissionais da imprensa local nas dependências da Casa, fora dos horários de sessão. Ou seja, como as sessões só voltarão a acontecer em fevereiro, os profissionais foram impedidos de ter acesso à sede daquele poder nesse período.

A exemplo de todas as casas legislativas, a Câmara de São José de Ribamar serve como base de apoio aos profissionais para colher informações sobre o desempenho dos vereadores e até das ações do Executivo haja vista que os parlamentares têm acesso direto ao prefeito e aos secretários.

Amigo do Povão: Clovis Galvão foi tratado como inimigo da Mesa Diretora da Câmara.

O apresentador de programa de TV, Clóvis Galvão, foi um dos profissionais impedidos de ter acesso às dependências internas da Casa por pelo menos duas vezes neste mês.

Nas tentativas de entendimento entre vereadores e a presidente, os parlamentares já sabem que são duas conversas, uma com a presidente e outra entre ela e o primeiro-damo. “Não vamos aceitar essas interferências”, disse um vereador ao blog.

Além das limitações aos profissionais de imprensa, da complicação nos acertos entre vereadores e presidente sobre coisas triviais, os parlamentares se mostram incomodadíssimos com outra interferência: as nomeações de forasteiros na Casa.

Mas isso será assunto em outra pauta. Aguarde!