Venezuela recebe armamentos da China e Rússia, diz Instituto

O Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo divulgou recentemente que a Venezuela recebeu cerca de R$ 5 bilhões em armamentos, provenientes de acordos com China e Rússia, desde 2010.

Esses acordos incluem investimentos consideráveis, sendo aproximadamente US$ 500 milhões provenientes da China, equivalente a quase R$ 2,5 bilhões, e US$ 484 milhões da Rússia, cerca de R$ 2,4 bilhões.

Os armamentos enviados para a Venezuela englobam uma ampla variedade de equipamentos, como mísseis guiados, tanques, aviões de combate e helicópteros.

Entre os mais de 400 blindados enviados, destacam-se o modelo soviético BMP-3 e o ZBD-05, veículo blindado anfíbio de fabricação chinesa. Além disso, mais de 5 mil mísseis foram enviados pelos aliados do regime do ditador Nicolás Maduro.

No período entre 2009 e 2020, a Itália também fortaleceu suas relações militares com a Venezuela, destinando oito canhões automáticos navais conhecidos como “Compact 76mm”.

Esses armamentos possuem alta cadência de tiro e a capacidade de realizar defesa antimísseis de curto alcance, além de oferecer apoio terrestre.

Outro país que contribuiu com apoio militar foi o Irã, que enviou 12 veículos aéreos não tripulados equipados com mísseis. Esses drones, controlados remotamente ou por meio de computadores de bordo, têm a notável capacidade de permanecer no ar por até 24 horas.

Venezuela aprova referendo de Maduro sobre território da Guiana

O Referendo na Venezuela que definiu o posicionamento da população em relação à anexação de Essequibo, um território que representa 70% da Guiana, ocorreu neste domingo (3).

A votação contou com a participação de mais de 10 milhões de venezuelanos, que responderam “sim” às cinco perguntas elaboradas por Nicolás Maduro.

O referendo, proposto pela Assembleia Nacional da Venezuela e aprovado por órgãos controlados por partidários de Maduro, como o Conselho Nacional Eleitoral e o Supremo Tribunal de Justiça, gerou controvérsias devido à baixa adesão popular.

Diante disso, o regime chavista prorrogou o período de votação.

As cinco perguntas abordaram questões como a rejeição da fronteira atual, apoio ao Acordo de Genebra de 1966 e a criação do estado Guiana Essequiba. A consulta não visa a autodeterminação, uma vez que a Guiana administra o território e seus habitantes não participam do processo.

O resultado, que favoreceu a posição de Maduro, não terá implicações concretas imediatas. A Venezuela busca, por meio desse referendo, reforçar sua reivindicação sobre a região disputada, rica em recursos naturais, especialmente após a descoberta de reservas de petróleo em 2015 pela ExxonMobil.

A Venezuela alega que o Rio Esequibo é a fronteira natural, baseando-se em acordos antigos, e apela ao Acordo de Genebra de 1966. A Guiana, por sua vez, busca ratificar os limites definidos em 1899, contestados pela Venezuela.

A intensificação da reivindicação venezuelana está ligada à descoberta de petróleo na região, tornando-a uma das áreas com maiores reservas per capita do mundo.

A disputa, que envolve interesses econômicos significativos, continua a ser um ponto de tensão na geopolítica regional.

Venezuela se torna membro do Banco dos Brics após aval de Dilma

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, confirmou que o país se tornará o mais recente membro do Banco dos Brics, uma notícia anunciada em uma transmissão ao vivo na TV estatal diretamente da China, nesta terça (12).

“Dei instruções à vice-presidente executiva para tomar todas as medidas necessárias para que a Venezuela entre para o Banco dos Brics”, afirmou Maduro durante a transmissão. Ele reforçou essa decisão em uma postagem nas redes sociais.

Essa confirmação segue um encontro recente entre Maduro e Dilma Rousseff, atual presidente do Banco dos Brics, a quem ele se referiu como uma “grande amiga da Venezuela”. Durante a visita, Maduro elogiou o edifício sede do Banco dos Brics e destacou a parceria com a presidente Dilma Rousseff.

O Banco dos Brics tem como objetivo mobilizar recursos para investir em projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável em mercados emergentes. Sua estratégia para o período de 2022 a 2026 se concentra em aumentar o financiamento do desenvolvimento para um futuro sustentável, com áreas de operação que incluem energia limpa, infraestrutura de transporte, água e saneamento, proteção ambiental, infraestrutura social e infraestrutura digital.

A entrada da Venezuela no Banco dos Brics representa um passo significativo para Maduro em direção ao seu objetivo de integrar o país ao bloco. Recentemente, o Brics expandiu suas fileiras, incluindo seis novos membros, além dos países fundadores, e o presidente Lula defendeu a participação do governo de Maduro na coalizão.