Mídia nacional revela presença de “funcionário fantasma” no gabinete do senador Weverton Rocha

Uma publicação do jornal o Estado de São Paulo (Estadão) revela um suposto caso de funcionário fantasma lotado no gabinete do senador Weverton Rocha, do PDT.

Segundo a reportagem, o funcionário seria um homem identificado como Gustavo Gaspar, que ocupa o cargo de assistente parlamentar sênior na liderança do PDT no Senado desde 2019 com salário de 17,2 mil reais. No local, porém, nenhum funcionário o conhece.

O responsável pelo gabinete da liderança do PDT no Senado, Sílvio Saraiva, admitiu que Gaspar não trabalhava para ele, nem dava expediente no local.

Em 2019, quando Gustavo Gaspar foi admitido no Senado, Weverton Rocha era o líder da legenda na Casa, posto que ocupou até fevereiro de 2021, quando passou para as mãos de Cid Gomes. Mesmo com a mudança, Gaspar seguiu no cargo.

Ainda segundo a reportagem, a situação funcional de Gaspar mudou. No dia 2 de fevereiro, pouco tempo depois que o jornal buscou informações sobre a ocupação de Gaspar no Senado, ele foi realocado da liderança do PDT no Senado para a Segunda Secretaria da Casa, cargo que Weverton ocupa atualmente. A justificativa é de que a manutenção dele no cargo ligado ao PDT se deu, provavelmente, por um erro só percebido dois anos depois, com o questionamento da reportagem. Ninguém soube explicar como a suposta ‘falha’ teria ocorrido.

O Estadão, então, procurou os novos colegas de gabinete de Gaspar na Segunda Secretaria do Senado, que, novamente, disseram não conhecer o comissionado. O único funcionário que disse conhecer Gaspar não soube dizer em quais dias ou horários que ele cumpre expediente. Importante dizer que ele foi liberado de bater ponto e sua presença ali é atestada pela assinatura de Weverton Rocha.

Questionado sobre a situação, o senador disse que Gaspar trabalharia diretamente com ele e, possivelmente, não era conhecido pelos outros funcionários por eles serem novos na Segunda Secretaria. Sobre a não presença de Gaspar no gabinete, disse que ‘assim como a maioria dos assessores, ele transitava pelo Senado, não permanecendo necessariamente na sala’. Gaspar não foi localizado para comentar.