O ex-governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), usou as suas redes sociais para elogiar a atuação da senadora Eliziane Gama (Cidadania) que assinou o requerimento para instauração da CPI do Ministério da Educação (MEC), que busca investigar o desvio de verbas públicas por pastores lobistas.
Em contrapartida, Dino criticou os senadores Roberto Rocha (PTB) e, principalmente, Weverton Rocha (PDT) que diz ser o “amigo do Lula”, mas se recusou a assinar depois de um pedido especial do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Dino lamentou a atitude dos senadores maranhenses: “lamento pelos que são sócios ou cúmplices de ladrões de dinheiro da merenda, ônibus e etc.”, publicou.
Flávio Dino foi vítima de mais uma traição de Weverton que, em busca de um projeto pessoal, abandonou o ex-governador e declarou apoio ao bolsonarista Robeto Rocha.
“O nosso grupo já tomou a decisão política: nós não vamos votar no Flávio Dino. (…) Não tem como. Essa opção que ele fez, o caminho que ele procurou percorrer não é o nosso. Então, nós não temos como estar juntos”, disse Weverton no início da sua aproximação com Bolsonaro.
Flertando sempre com o bolsonarismo, escândalos e falas mal-ditas, na época do escândalo envolvendo os pastores lobistas do MEC, o senador Weverton Rocha tentou fugir de mais uma polêmica e apagou de suas redes sociais vídeo em que aparece exaltando o pastor neo-pentecostal Gilmar Santos, conhecido no mundo protestante por utilizar, em suas pregações, práticas que lembram o charlatanismo.
O polêmico pastor aparece como um dos controladores do chamado Gabinete Paralelo do Ministério da Educação e pedia pagamentos em dinheiro, e até em ouro em troca da liberação de recursos para a construção de escolas e creches.
“Ele disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar (a demanda no MEC). E, na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto, X. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro”, disse o prefeito de Luís Domingues, Gilberto Braga (PSDB).
Na época em que Weverton Rocha retirou seu nome do requerimento da CPI do MEC, o jornalista Reinado Azevedo chegou a chamar o senador pedetista de “lixo” e repugnou a atitude do parlamentar.