Sem um pingo de escrúpulo, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, anunciou que vai estourar R$ 10 milhões para finalizar a obra do Hospital da Criança.
A obra foi paralisada após Eduardo Braide dispensar um convênio com o Governo do Estado do Maranhão que estava responsável pela obra, faltando 45 dias para a conclusão.
Em entrevista ao programa Xeque-Mate, o ex-secretário de Saúde, Carlos Lula, revelou que o município de São Luís informou que não tinha interesse de firmar uma parceria com o governo, no entanto, os motivos não foram informados.
“A obra do hospital era possível ser concluída em 45 dias. Só que para isso, o que a gente precisava? A gente precisava que as crianças saíssem de onde elas estão hoje instaladas. Obviamente a gente não ia fazer isso sem dá outro suporte para o município. Então para não criar só o problema (…) disponibilizei um hospital para o município de São Luís com todo o aparato necessário para que as crianças fossem bem atendidas (…) o município de São Luís informou que não tinha interesse, que não queria parceria e que eles próprios iam terminar a obra”, informou Carlos Lula.
O custo da obra feita pelo Governo do Maranhão, até aqui, não chega aos R$ 10 milhões prometidos pela gestão de Eduardo Braide.
Com o mesmo discurso ensaiado, o secretário municipal de Saúde, Joel Nunes, afirmou que a primeira etapa da obra será entregue somente em dezembro. O release de Eduardo Braide também faltou com a verdade ao dizer que a obra estava parada desde 2016. “Com a medida, a Prefeitura de São Luís assume a obra, que estava parada desde 2016.”, diz trecho da propaganda.
O secretário Joel Nunes também foi na mesma linha “São sete anos que esta obra se arrasta, mas, agora, vem para melhorar e dar mais dignidade, mais qualidade e melhor infraestrutura para atender às nossas crianças”, disse sem explicar o motivo de não aceitar a conclusão da obra ainda no início deste ano.
Eduardo Braide só reconheceu que o Hospital da Criança está sob a sua administração depois que o apresentador do Alerta São Luís, Franco Monte, mostrou uma mãe na porta do hospital desesperada denunciando a falta de estrutura da unidade de saúde.
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