A cada ano que passa, a inflação está deixando o brasileiro mais pobre. O período de dois anos de pandemia contribuiu para juros mais elevados, no entanto, o crescimento é notado desde 2017.
“A inflação que temos hoje empobrece o brasileiro, que tem seu poder de compra reduzido, pois alimentos, tarifas públicas, gás de cozinha, combustíveis, energia, tudo tem subido muito acima da inflação, e a renda não vem crescendo”, disse Antônio Lacerda, presidente do Conselho Federal de Economia.
Especialistas analisam que um dos principais agravantes dessa situação é que o salário mínimo subiu muito menos que a inflação. Além disso, os produtos estão subindo muito mais que os índices de preços.
Fatores como desregulamentação do mercado de trabalho pela reforma trabalhista, o fim dos estoques reguladores dos alimentos e a descontinuidade das políticas de fortalecimento da agricultura familiar colocaram a economia brasileira em um círculo vicioso, difícil de ser revertido.
Ainda segundo os analistas, para a retomada do crescimento econômico o governo precisaria adotar políticas de competitividade para gerar mais empregos em setores de maior valor agregado, como na indústria, que pagam salários maiores.