Ladeado pelo ex-juiz federal Carlos Madeira e pelo ex-secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, o senador Weverton Rocha iniciou a semana na Superintendência da Polícia Federal em São Luís.
Mas acalme-se, caro leitor, apesar dos inúmeros processos a que responde na Justiça, por improbidade administrativa, fraude em licitação, peculato, entre outros, não foi dessa vez que algum desses foi concluído e, como condenação, pintou alguma prisão.
Não, ainda não!
A ida do senador à superintendência da Polícia Federal foi mesmo para intimidar críticos de sua vergonhosa história na vida pública, na qual responde a processos desde os 18 anos de idade.
Ciente de uma pesquisa ilegal, via telefone e abordada por robôs, que prejudica seu principal adversário e sabedor que a ação seria denunciada aos órgãos competentes, tratou de se antecipar e, com esse staff, no mínimo ameaçador, foi à sede da PF com toda prepotência, arrogância e demagogia que lhes são peculiares.
Mas quem tem medo de Weverton Rocha?
Eleitoralmente: perdeu a eleição na capital maranhense em 2020; só ganhou a eleição da Famem no começo do ano seguinte por poucos votos e num contexto desfavorável ao então candidato que estava fora do circuito; só se elegeu uma vez deputado federal, depois de perder sua primeira disputa; só se elegeu senador graças à popularidade do governador Flávio Dino…
Politicamente: insiste numa pré-candidatura contra a vontade do principal responsável pela sua eleição de senador, o governador Flávio Dino; diz ter um grupo político que toda hora murcha, com nomes pulando do seu foguete sem ré; diz ter ideologia progressista e alega ter sido de apenas um partido, mas anda em Brasília em festas com os filhos do presidente Bolsonaro…
Financeiramente: tem postos de gasolina numa parceria com um sujeito que já foi preso pela PF, o presidente da Famem, Erlânio Xavier; controla um poderoso conglomerado de comunicação, incluindo TV’s, Rádios e Blogs, a maioria adquirido de forma suspeita, que, porém, não resiste a uma investigação séria e isenta…
Como disse o senador Jorge Kajuru (Podemos-GO), “um sujeito que entra na política e vira senador, se ficar milionário é o porque roubou”.
Não quero crer que seja este o caso, mas em sendo, quem tem medo de um sujeito desse?