“A gente tem aqui cerca de cinco milhões de eleitores”, destacou o governador reeleito Carlos Brandão (PSB) durante entrevista a Fábio Zanini, da Folha de S. Paulo, nesta terça-feira (18).
Em sua fala ao jornal, Brandão reforçou o grande apoio que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebe de todas as regiões do estado – em cidades como São Luís, Timon e Caxias, o ex-presidente recebeu, respectivamente, 345.123, 66.012 e 61.772 votos.
Ao longo de outubro, após sua vitória no 1º turno das eleições, no último dia 2 de outubro, Brandão, ao lado dos também eleitos Flávio Dino (ao Senado) e Felipe Camarão (à vice-governadoria), liderou caminhadas e carreatas pelo estado – entre elas, em cidades como a capital maranhense, Balsas e Açailândia.
“Fizemos uma [primeira] caminhada com sete mil pessoas. (…) depois, nós fizemos duas agendas importantes: uma foi com os prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. E depois fizemos com os ex-prefeitos. Assim como com os deputados eleitos e os não eleitos. O motivo foi agradecer os votos que nós tivemos. Um momento de reconhecimento pela votação que a gente teve. E o segundo foi essa fala de motivação, para que as pessoas retomassem a campanha no segundo turno. (…) A gente precisava fazer essa reunião e foi essa a mensagem que a gente passou para os nossos líderes do interior”, respondeu o governador.
Também na entrevista, Brandão acredita que uma das principais marcas do próximo governo Lula será o diálogo. “Hoje, pra governar, você vai ter que compor com os partidos, porque senão fica muito difícil governar. Acredito que os partidos irão sentar com o presidente Lula. Não dá pra governar só com a federação. É impossível isso, pois não aprova nada no Congresso [Nacional]. (…) Eu acho que o orçamento secreto tem que ser revogado, tem que acabar”, reforçou.
Questionado sobre uma possível vinda de Lula antes do segundo turno das eleições – que ocorrerá no próximo dia 30 de outubro -, Brandão afirmou que o ex-presidente tem dado preferência aos estados em que ainda terá votação para governador.
“Provavelmente não virá. Lula vai aos estados onde tem segundo turno, a pedido dos próprios governadores que são candidatos. Então, acho que aqui provavelmente ele não virá. O tempo é muito curto e Lula vai priorizar esses lugares”, informou.
