Enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) avança em denúncias sobre emendas parlamentares, incluindo a que levou deputados do PL a se tornarem réus no Supremo Tribunal Federal (STF), o caso que envolve o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), segue sem definição.
Indiciado pela Polícia Federal em junho de 2024 por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação, Juscelino é acusado de integrar um esquema de desvio de recursos de obras custeadas pela estatal federal Codevasf. No entanto, a PGR ainda não apresentou denúncia, e o processo segue sob sigilo no STF, sob relatoria do ministro Flávio Dino.
As investigações apontam que o ministro teria direcionado emendas parlamentares para obras em Vitorino Freire-MA, município administrado por sua irmã, Luanna Rezende, beneficiando propriedades da família. Apesar das conclusões da PF e do relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), a defesa de Juscelino nega as acusações, alegando falta de provas concretas.
O presidente Lula já havia declarado que afastaria o ministro caso houvesse uma denúncia formal, mas, com a inércia da PGR, Juscelino permanece no cargo.