“Tempestade em copo d’água”, diz Octávio Soeiro sobre crise de Braide com limitação do remanejamento orçamentário

O vereador de São Luís, Octávio Soeiro, minimizou a crise entre a Câmara Municipal e o prefeito Eduardo Braide devido à limitação do remanejamento orçamentário. Durante entrevista ao programa Xeque-Mate, Soeiro afirmou que a polêmica é exagerada e garantiu que as principais áreas do orçamento, como saúde e educação, permanecem intactas. Segundo ele, a decisão da Câmara foi apenas um mecanismo de controle parlamentar comum em diversas cidades do país.

O ponto central da polêmica é a Emenda 23, que restringe o percentual de remanejamento do orçamento municipal. O vereador explicou que a peça orçamentária de São Luís teve um superávit de mais de R$ 500 milhões, alcançando um total de R$ 5,5 bilhões. Ele reforçou que os valores destinados à saúde (R$ 1,4 bilhão), educação (R$ 1,3 bilhão) e cultura (cerca de R$ 35 milhões) foram mantidos, sem prejuízos ao planejamento inicial da prefeitura.

Soeiro também comparou São Luís com outras cidades, apontando que a limitação do remanejamento não é uma exclusividade da capital maranhense. Segundo ele, a cidade fixou o percentual em 5%, enquanto São Paulo trabalha com 9% e Guarulhos, que possui 1,5 milhão de habitantes, adota o mesmo índice de 5%. “Isso é um mecanismo de controle do parlamento normal”, afirmou o vereador, reforçando que a medida não compromete o funcionamento da gestão municipal.

O parlamentar criticou a narrativa de que a limitação poderia prejudicar obras e serviços essenciais da cidade. “O remanejamento vai parar as obras de São Luís? Vai parar as medicações na UBS? Pelo amor de Deus. Vamos deixar isso claro à população, parar de terrorismo. Isso não existe, não vai parar nada”, declarou. Ele garantiu que a prefeitura dispõe de recursos suficientes para continuar investindo em infraestrutura, educação e saúde.

Finalizando sua fala, Soeiro reafirmou que São Luís tem suporte financeiro sólido para manter suas políticas públicas e destacou que a decisão da Câmara visa apenas garantir maior transparência e controle sobre o uso do dinheiro público. Ele defendeu o diálogo entre os poderes para evitar conflitos desnecessários e frisou que a população não será prejudicada por essa medida.

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